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LEITURA EDIFICANTE


Indico aqui alguns livros que li e gostei, fiz uma pequena resenha de cada um com a impressão pessoal que tive.

Veronika decide morrer - Paulo Coelho
Pessoas problemáticas - Joseph Dunn
Projeto secreto universos - Silvia Malamod Kormes
O código da Vinci - Dan Brown
Robinson Crusoé - Daniel Defoe
O menino do pijama listrado - John Boyne
Nunca desista dos seus sonhos - Augusto Cury
O código da inteligência - Augusto Cury
Mãe, me ensina a conversar - Dalva Tabachi
Mentes inquietas - Ana Beatriz Barbosa
Mentes perigosas - Ana Beatriz Barbosa
O livro de ouro da mitologia - Thomas Bulfinch
A beleza está nos olhos de quem vê - Camila Cury
Pai rico, pai pobre - Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter
O pequeno príncipe - Antoine de Saint Exupéry
Temperamento forte e bipolaridade - Diogo Lara
Como funciona o cérebro - John McCrone
Mapas mentais - Tony buzan
Preciosa -Sapphire
Amigos ouvintes CBN - Arnaldo Jabor
O corpo fala - Pierre Weil e Roland Tompakow
Freud para iniciantes - Richard Osborne



Veronika decide morrer 
Paulo Coelho

Resolvi ler esse livro porque sabia que se passava numa clínica psiquiátrica e que por isso abordaria temas relacionados, dentre eles o suicído. Bem, o suicídio pode ter diversas origens, que não cabem numa discussão aqui. 

Estava na livraria, li a sinopse na contra-capa e gostei da história, comprei. Lembrei que Paulo Coelho é um dos autores Brasileiros mais traduzidos e bem vendidos pelo mundo afora, lembrei também de inúmeras pessoas que me falavam mal das obras dele, além da crítica especializada. Mas quanto à crítica, ela sempre odeia o que é muito popular... Como eu não estava preocupado com as pessoas nem muito menos com a críticaa, então levei o livro, li e gostei bastante.

Veronika estava cansada, cansada da vida, de tudo, do trabalho, das pessoas, do mundo em si. Ela não aguentava mais TER QUE SER Feliz, essa obrigação era muito pesada para seus ombros frágeis carregarem. Seus pais, tradicionalistas, sempre lhe cobravam um namorado e achavam que ela já estava na idade de casar-se e ter filhos, essas coisas que pessoas 'normais' fazem.

Um dia , cansada dessa vida sem sentido em que faltava alguma coisa, ela resolve que é o fim da linha, toma uma overdose de tranquilizantes e tenta se matar, mas (IN)felizmente fracassa e é socorrida a tempo. Quando se acorda está num asilo psiquiátrico, o médico lhe informa que sua tentativa frustrada lhe causou uma lesão irreversível no coração a qual lhe garantiria apenas cerca de uma semana de vida, dentro do asilo psiquiátrico. 

Esses poucos dias que por sorte lhe foram ofertados, e sobretudo a angústia dessa contagem regressiva, fazem com que Veronika viaje numa intensa jornada de descobertas, experiências e pensamentos sobre sua própria vida. Nesse momento ela não tinha mais nada a perder, estava no meio de 'loucos', numa existência sem sentido, esperando a morte vir lhe buscar a qualquer momento, por isso tudo ela se entrega de corpo e alma ao que for. 

É justamente nesse momento tão improvável que ela descobre como é bom viver, descobre agora que já não tem mais tanto tempo pra isso.
O fim do livro não vou contar, é claro, mas adianto que é Excelente, parece que na clínica ela encontra um sentido pra sua vida, mas será que dá tempo ou já é tarde demais pra viver?


OBS: Após a leitura do livro assistam também ao filme de mesmo nome, a adaptação para o cinema ficou ótima.



Pessoas problemáticas, como conviver com elas
Joseph Dunn

Muitas pessoas são problemáticas e apresentam uma convivência bastante difícil, mas a maioria destas não decide ser assim ou o faz por maldade, elas simplesmente SOFREM e não sabem como tratar tanto sofrimento. 

Quando conhecemos alguma pessoa assim na maioria das vezes nos afastamos dela (é instintivo) e a rotulamos como "complicada e difícil", fazemos isso porque não sabemos como lidar com a situação ou até não queremos ter que aprender isso. Esse afastamento é tão natural que às vezes nem percebemos, simplesmente excluimos a pessoa de nossa convivência pra não ter que aprender a lidar com sua complicação. 

Algumas vezes, no entanto, a pessoa problemática está presente e bem enraizada no seu círculo social, seja no trabalho ou mesmo na família, de modo que não se pode simplesmente ignorá-la. Nesse caso a convivência é forçada e algum esforço precisa ser feito no sentido de tentar entender o que se passa na cabeça do indivíduo sofredor; caso isso não seja feito é bem provavel que a relação cotidiana seja bastante conturbada.

Joseph Dunn aborda o sofrimento humano com Maestria, ele começa dividindo as pessoas conforme seu modo de sofrer, existe basicamente dois tipos, as que sofrem caladas e as que fazem muito barulho e querem compartilhar sua dor. Depois o autor nos fala alguns mecanismos do sofrimento e então analisa diversos casos de pessoas que sofrem, como os inférteis, bipolares, psicóticos, depressivos, apegadas e tantos outros, sempre explicando o modo como cada um pensa e como devemos lidar com eles.

Sua leitura é importante, julgo eu, pelo fato de que em nossas vidas sempre iremos encontrar pessoas sofrendo, nós próprios podemos ser o sofredor da história. Então acho importante que se tenha uma direção, uma orientação pra saber por onde começar. Na profissão que escolhi pra seguir, medicina, certamente encontrarei muitas pessoas sofrendo, e que bom que eu me preparo para entendê-las, assim espero poder ajudá-las de uma forma mais presente.

O caso que mais me chamou a atenção no livro foi o dos inférteis. Eu não pensava nisso, mas depois que li passei a imaginar o quanto sofre uma pessoa que não pode ter filhos, claro que algumas partem pra adoção e vivem felizes, mas antes certamente sofreram bastante, sofreram pra aceitar sua condição e tomar a decisão de criar o filho de outra pessoa. Eu não pensava nisso, mas agora tento compreender como é difícil você não ter o direito de escolher se quer ou não ter filhos, imagino na nossa sociedade como seria especialmente pra uma mulher não poder exercer na sua plenitude o direito de ser mãe, não poder gerar no seu ventre uma nova vida.

Então se você almeja entender um pouco do que se passa na cabeça das pessoas que sofrem, esse é O livro.



Projeto secreto universos
Silvia Malamod Kormes

Esse livro é muito bom, e muito viajado! 

Júlia se sentia estranha dentro daquele corpo, sentia dor e vontade de sair dali. Ela queria voltar ao seu planeta de origem, à sua dimensão na qual se sentia segura e confiante.
A mãe de Júlia estava no sexto mês de gestação e sentia fortes dores, provenientes da filha que queria desistir daquela experiência. De repente a mãe perde os sentidos, é levada ao hospital para um parto precoce, ela corre risco de vida.

Num estado de consciência alterado, a mãe agora caminha em direção à filha que carrega no ventre, esta se encontra encolhida no chão, com frio e dor. Sua mãe lhe acalenta com uma doce canção, tão suave que lhe transmite uma sensação de pleno conforto. Júlia desiste de voltar a sua dimensão e então prossegue com o andamento da missão. Os médicos suspendem a cirurgia, as contrações cessam de repente e a frequência cardíaca volta ao normal.

Logo na infância Júlia tem contato com uma energia a quem dera o nome 'blue'. Essa seria sua "amiga imaginária" que lhe acompanharia por toda sua existência nessa dimensão, ou como chamamos nós terráqueos, por toda sua vida. Blue era na verdade uma força integrante da sua dimensão de origem, ela agia como uma consciência que aconselhava e intervia na existência terrena de Júlia, com o intuito de assegurar o sucesso da importante experiência metafísica a qual ela topou participar.

Júlia descobriu, ainda na adolescência, o poder da mente e a capacidade de 'viajar' por diferentes tempos, dimensões e mundos. Ela aprendeu a sintonizar-se com diversas frequências e assim viver várias vidas em vários planos.

Assim, sua história conta como veio parar aqui na Terra por meio de uma missão para entender a vida e o funcionamento dos seres humanos. Ela precisava estudar a influência dos sentimentos nas suas vidas e saber se eles direcionam esses seres a uma evolução ou se afastam-na dela. No entanto Júlia não pode se deixar levar pelos sentimentos e desviar-se da missão. Ela não pode esquecer-se de que pertence a outra dimensão e que portanto não é humana, mas sim híbrida. Júlia está envolvida num projeto secreto mas não tem plena consciência disso, ela viaja de um universo a outro, dialoga com seus semelhantes numa espécie de sonho, mas não recorda de tudo quando se acorda.

Comentário da autora sobre o livro:

Escrevi um livro, Projeto Secreto Universos, com o intuito de abrir espaço para que você efetivamente pense de modo amplo e diferenciado sobre as infinitas possibilidades que implicam no ato de existir.
É a inauguração do novo olhar sobre a condição humana.
Um estudo baseado na física quântica experimentada, que vem em formato de trama, uma ficção para que você, consciência, possa divagar sobre as inúmeras possibilidades criativas que todos temos ao nos experimentarmos neste plano e além.
Discorre sobre os nossos eus, ou seja, sobre o eu personalidade, a ferramenta que temos para lidar e entender a realidade objetiva e também diz respeito a um suposto eu interdimensional onde residem as nossas memórias quânticas e onde estaria a fonte de todas as nossas possibilidades criativas.

Uma viagem que se torna um aprendizado sobre a ampliação da consciência quando a mesma atravessa o perigoso universo das emoções.



O código da Vinci 

Dan Brown
O suspense começa com um assassinato, que traz à tona uma série de mistérios e segredos. A obra é muito bem escrita e a edição ilustrada é espetacular, muito melhor que a edição inicial pois nós podemos visualizar as obras de arte, os locais onde ocorrem a trama, nos sentimos fazendo parte da história.

O Best-seller fez enorme sucesso, acredito, pelo fato de ter abordado um assunto tão polêmico: Religião  (Catolicismo, pra ser mais específico). Ao falar sobre a sociedade secreta Opus Dei e descrever seus supostos comportamentos e objetivos o autor mexe numa casa de maribondo, choca algumas pessoas, levanta uma teoria da conspiração e incomoda a igreja. 

Pra quem gosta de arte e suspense investigativo é uma boa leitura, recomendo que leiam a edição ilustrada. 



Robinson Crusoé 
Daniel Defoe

Esse é um livro bastante conhecido, pelo menos no título da obra, acredito que todo mundo pelo menos já ouviu falar que se trata das aventuras de um náufrago perdido numa ilha deserta. Eu particularmente sempre me interessei em conhecer a história do Crusoé, sobretudo entender como ele conseguiu viver 30 anos naquela ilha, como aprendeu a sobreviver num ambiente tão hostil e se adaptar àquela dura realidade.
Tudo começa quando aos 19 anos, movido por um forte espírito aventureiro e desbravador, Robinson Crusoé foge de casa e embarca numa viagem como marinheiro. Por fatalidade ou castigo, seu navio naufraga e todos os tripulantes morrem, exceto ele que consegue chegar até uma ilha aparentemente deserta. Seu primeiro ímpeto é construir um barco pra tentar sair de lá, mas quando percebe que não tem a menor chance disso acontecer, ele se aceita sua atual condição e passa a lutar pela sua sobrevivência da forma que pode para adaptar-se ao novo mundo em que passou a viver.

É muito interessante e diria até animador acompanhar o Robinson Crusoé, suas descobertas e aventuras, a forma como ele se adapta e encontra meios de sobreviver num lugar aparentemente tão inóspito é surpreendente. Lançando mão de materiais que dispõe na ilha -ou seja sem pregos nem martelos- ele é capaz de constuir um abrigo seguro, depois de um passeio pela ilha, encontra cabras e aprende a domesticá-las, cultiva frutas num pomar, desenvolve a agricultura, prepara pães, molda panelas de argila, enfim, ele praticamente reconstrói o caminho das primeiras civilizações primitivas e reproduz seu modo de vida

O mito da solidão é outro ponto-chave tratado na obra, afinal ele vive mais de vinte anos sem trocar uma palavra com qualquer ser humano, sem conversar, sem ter contato físico, sem dar ou receber carinho, sem brigar, sem discutir, sem fazer sexo, sem nenhum contato humano. Só depois desse vinte e poucos anos é que lhe aparece uma companhia, um canibal a quem Crusoé batizoou de 'Sexta-feira' (o dia em que o salvou de uma tribo de canibais).

Somente após trinta anos nosso marinehrio pôde retornar à civilização, agora pensando bastante diferente acerca dos seus valores e sobre o que realmente é importante na vida. Vale muito a pena ler, tanto pela aventura e adaptação na ilha, quenato pelas reflexões que a obra proporciona.


O menino do pijama listrado
John Boyne

FANTÁSTICO! Tanto o livro quanto o filme são ótimos, mas claro que o filme é um resumo e apesar das imagens carregadas de emoção que falam mais do que mil palavras eu acho o livro bem mais completo e profundo.

A história gira em torno de um garoto de 9 anos (na adaptação ao cinema ele tem 8 anos) que se muda de sua confortável casa em Berlim para uma nova morada no campo, em Auschwitz, e apartir daí sua vida muda completamente. Pela pouca idade que tem ele jamais entenderia que se mudou pelo fato de que o pai, oficial nazista, fora promovido e agora trabalharia diretamente com o füher no mais importante campo de concentração da Alemanha.

Bruno não queria se mudar, não queria se afastar dos seus amigos, mas logo seu espírito aventureiro o impulsiona a explorar seu novo território. Ele descobre uma "fazenda" onde as pessoas "passam o dia de pijama", ele vai até lá e, por trás de uma grade, constrói uma bela amizade com um garoto de nome estranho, chamado Shmuel. Bruno faz diversas perguntas sobre aquele povo, pra ele tudo é diferente mas ele não sabe explicar bem o porquê.

O que Bruno inocentemente chama de fazenda, onde as pessoas usam pijamas o dia inteiro é na verdade um campo de concentração, e o pijama não passa do uniforme que eles usam. Na minha opinião o que há de mais belo nessa história é a inocência pueril daquela riança que está descobrindo o mundo à sua volta, um mundo tão repugnante e nojento que é a Alemanha de Hitler, mas que ainda assim ele vê com tanta simplicidade e doçura próprias de uma criança. Acredito que o grande diferencial do livro com relação a tantos outros que tratam da Almenha nazista é justamente o fato desse ser contado pelos olhos inocentes de uma criança.

Bruno não sabia que por ser alemão teria a obrigação de odiar os judeus, criança não distingue credo, raça, cultura ou classe social, não reconhece esse código que os adultos criaram e que impõem uns aos outros. Por isso mesmo ele acaba sendo amigo de garoto judeu, passa a vê-lo diariamente, e eles brincam por entre uma grade, conversam; são cenas repletas de emoção e pureza. No fim das contas a amizade desses dois garotos é tão forte que Bruno é capaz de qualquer coisa pra ajudar seu amigo, qualquer coisa mesmo, não vou contar o final, Claro, mas quem assistir ao filme ou ler o livro lembrará o que digo.

Uma das passagens do livro que mais gostei foi quando Bruno, na sua nova casa, se machuca ao brincar no balanço. Um trabalhador, judeu, que descascava batatas na casa o coloca na mesa e faz um curativo nele. O garoto logo diz que quando a mãe chegar vai pedir que ela o leve ao médico. O judeu diz que não precisa, que eles está bem, mas Bruno responde: "Como você sabe, você não é médico". Após um silêncio profundo o judeu diz: "É... eu era...". Bruno ri e e acha engraçado, dizendo que esses adultos não sabem o que quererem, pois um médico deixa de ser médico pra descascar batatas... Essa é a inocência tão bela de que falo que o autor trata na sua obra.

Outra cena marcante pra mim foi quando a mãe de Bruno viu pela janela uma fumaça negra que saía de dentro do campo de concentração, à princípio ela achava que era o lixo incinerado e sempre fechava as janelas quando isso ocorria, por conta do mau cheiro que adentrava a casa. Ela demorou a entender, mas enfim num determinado momento ela conseguiu compreesnder o que estava sendo queimado ali, inúmeros corpos de judeus inocentes.

A maioria dos personagens se apresentam sempre de um lado distinto, a favor ou contra Hitler e todas as suas atrocidades cometidas em nome da Alemanha. O pai de Bruno e sua irmã mais velha (que acompanhamos trocar sua coleçao de bonecas por bandeiras e livros nacionalistas) são claramente defensores do anti-semitismo de Hitler. Sua avó paterna em diversos momentos insulta Hitler e critica o posicionamento do filho junto ao mesmo, inclusive diz que toma com vergonha a posição do filho. 

A mãe de Bruno é uma figura destacável, pra mim é óbvio que o autor quis utiliza-la como metáfora para todas aquelas pessoas que desconheciam os procedimentos repulsivos que Hitler utilizava, essas pessoas assistiam às propagandas de TV e concebiam a idéia de que os campos de concentração eram como hotéis onde os judeus viviam felizes. À princípio não se sabe se ela realmente não tem consciência do que se passa na guerra ou se simplesmente faz vista grossa a tudo isso. O fato é que aos poucos ao longo do livro, ela vai se situando e percebendo os absurdos cometidos por Hitler, com o apoio de marido. No fim ela entende que estando calada ela está sendo condizente com toda aquela atrocidade. 

Pra mim o papel da personagem da mãe de Bruno serve como um alerta para que nós façamos alguma coisa diante da situação que vivemos, é preciso estar atento e procurar saber o que se passa. Não podemos pensar que ficar em cima do muro é uma alternativa plausível ou que isso não implica em pagar um determinado preço. Cada um colhe o que planta, e os alienados que nada plantam de bom ou de ruim não estão isentos de colher uma ventania.

É preciso agir, pois mesmo sem fazer nada -e justamente por isso- nós podemos acabar pagando um preço alto demais, a própria história do menino do pijama listrado ilustra o que quero dizer. Então abra os olhos, antes que seja tarde, saia do confortável lugar de quem não sabe do que se passa e por isso se acha no direito de não fazer nada. É preciso fazer alguma coisa!


Nunca desista dos seus sonhos 
Augusto Cury

Esse livro foi muito importante pra me reforçar a idéia de que eu posso tudo, nós podemos ser o que quisermos, basta querer, sonhar e é claro, correr atrás, se esforçar pra atingir seu objetivo. Nada é impossível pra quem sonha; pra quem se lamenta sim, tudo é muito difícil e inatingível, mas não pra quem sonha e luta com perseverança.

Eu estava indo pra rodoviária quando resolvi comprar um chocolate pra comer na viagem, parei numa loja e vi esse livro 'Nunca desista dos seus sonhos', eu não tinha ouvido falar nele ainda, mas o título me pareceu legal, o visual da capa também era interessante, comprei pra ler durante a viagem.
Nesse ano eu estava tentando meu segundo vestibular pra medicina e, no desespero de passar logo, fui fazer prova também em Sergipe, onde tinha uma tia que poderia me ajudar caso eu passasse por lá. Mas nesse ano não passei, nem lá nem cá, perseverei, lutei, fiz outro vestibular e outro, passei no quarto, conquistei meu sonho! Ou melhor, conquistei a primeira etapa do meu sonho que era ser médico, já garanti minha vaga na universidade, agora era só uma questão de tempo, alguns anos de muito esforço. Não foi fácil insistir no sonho, visto que eu era um dos piores alunos da sala, muitas vezes desacreditado até por mim mesmo. Contei um pouco dessa história AQUI.

Esse livro me ajudou bastante a fortificar minha garra, mostrou-me que devemos lutar pelos nossos sonhos, mesmo que possam parecer impossíveis, acredite, NÃO são impossíveis. Nada é impossível pra quem luta pelo que quer

Trecho do livro:
"A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. Os sonhos alimentam a alma e dão asas a inteligência. É no solo fértil da memória onde semeamos os sonhos que farão grande diferença em nossa existência. Os sonhadores mudaram a história da humanidade. Eles fizeram da derrota, o pódio para a vitória; das críticas, o palco, de onde receberam os aplausos..."

 O código da inteligência 
Augusto Cury

Particularmente gosto muito do Augusto Cury, ele é psiquiatra e pesquisador de neurociências e por isso sempre trata com maestria assuntos que tenho muito interesse, como o cérebro, a mente, e seus mecanismos de funcionamento.

Na obra 'O código da inteligência' o autor propõe abrir as cortinas do nosso psíquico, ele desvenda os códigos da inteligência, capazes de expandir a arte de pensar, desenvolver a criatividade, capacidade de memorização e promover a saúde psíquica. Além disso, ele ainda ensina como escapar das diversas armadilhas criadas pela mente que podem bloquear a nossa inteligência dificultando nossa atividade como gestor psíquico.

Pra quem ficou curioso posso adiantar os 8 códigos da inteligência, tão bem dissecados pelo Augusto Cury, são eles: 

-Código do Eu como gestor do intelecto,  
-Código da Autocrítica (pensar nas conseqüências dos comportamentos),  
-Código da da Resiliência (capacidade de sobreviver às intempéries da existência),  
-Código do Altruísmo (capacidade de se colocar no lugar dos outros),  
-Código do Debate de Idéias, 
-Código do Carisma , 
-Código da Intuição Criativa e 
-Código do Eu como gestor da emoção
O livro é sensacional, muda a forma como pensamos e lidamos com esses pensamentos, diria que é um verdadeiro treinamento cerebral, uma reeducação da forma de gerir os pensamentos.



.Mãe, me ensina a conversar
Dalva Tabachi

É um livro de leigo pra leigo, de leitura bastante fácil. Dalva Tabachi não é neurologista, psiquiatra ou pesquisadora, é mais que isso tudo junto, ela é Mãe de uma criança especial. Desde cedo seu filho, Ricardo, mostrou-se quietinho demais, o que parecia bom à princípio, mas que se tornou um desafio após ele ter sido diagnosticado com autismo, agora ela precisava tirá-lo dessa morosidade e integrá-lo ao mundo em que vivemos.

Dalva nos conta como foi difícil a luta para que seu Ricardo pudesse levar uma vida normal, conta-nos ainda todo o progresso que ele teve com a ajuda do outro filho, do pai, da equipe de profissionais que lhe davam todo o amparo e, é claro, dela própria. Nada foi fácil, e cada pequena conquista foi bastante comemorada, cada evolução, simples, que pra nós é natural e passa despercebido, pra ela era como um troféu pelo seu esforço e uma garantia à felicidade de toda a família.

Gostei do livro pela linguagem cotidiana e sobretudo por não se tratar de uma ficção, são fatos reais narrados por uma mãe que acompanhou tudo de perto, mais do que isso, ela VIVEU a história do filho, sempre ao seu lado. O foco não é a parte médica, mas ela conta um pouco do papel de cada profissional que acompanhou seu filho, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiologista e etc.

Uma das passagens que mais me marcou foi a viagem que ela fez de avião com seu filho, me chamou a atenção sobretudo  preconceito das pessoas ,Ignorantes, que não entendiam nem respeitavam as limitações do Ricardo durante o voo. É triste que ainda hoje persistam situações como essa, de preconceito, mesmo que se pregue tanto o respeito à diversidade e a tolerância às diferenças. Muito se fala de tolerância na sexualidade, mas penso que no âmbito psiquiátrico ainda aja muito o que se superar com relação ao preconceito.

Bom, a história é ótima e nos ensina uma lição muito valiosa: NÃO DEVEMOS JAMAIS ENTREGAR-NOS ÀS CIRCUNSTÂNCIAS! Caso Dalva tivesse se entregado e aceitado a condição do filho, se ela tivesse o rotulado como autista e pensado que nenhum esforço adiantaria, provavelmente hoje ele estaria sem conseguir comer sozinho, sem falar, com medo das pessoas, isolando-se, foi assim que ele viveu boa parte de sua vida, mas sua mãe, lutou pra garantir que ele vivesse uma vida normal, dentro das suas limitações, mas quis vê-lo se superando à cada dia, feliz e com qualidade de vida.

Só mesmo amor de mãe, incondicional.


Mentes Inquietas
Beatriz Barbosa

Esse livro é Fantástico e muito esclarecedor! 

Ana Beatriz explica o que é o transtorno, como se caracteriza e como identificá-lo, o que pode ser difícil. Em geral o portador é identificado na infância, mas seu comportamento pode passar desapercebido e persistir durante a vida adulta trazendo bastante complicação à sua vida, por isso é tão importante o diagnóstico precoce.

Importante dizer que há duas facetas no transtorno, que podem se manifestar em maior ou menor grau, alguns são os "hiperativos", aqueles facilmente identificáveis, agitados e inquietos; os outros são os "distraídos", sonhadores, que vivem no mundo da lua e não conseguem se concentrar em qualquer coisa, esses são mais difíceis de serem diagnosticados e por isso mesmo são os que mais sofrem, comumente recebem apelidos depreciativos.

Algumas pessoas famosas são analisadas em sua personalidade e supostamente acreditadas como portadoras de DDA, o que ilustra e facilita a nós entendermos como agem pessoasque têm DDA.

Ser hiperativo tem lá suas vantagens, a autora aborda isso num capítulo em específico, ela enumera os pontos fortes dessas pessoas, como criatividade, energia e impulsividade; além disso aponta profissões e carreiras em que o DDA pode se dar bem e se destacar pelas características que possue.

Um capítulo que me interessou bastante foi "DDA e vida afetiva", afinal não é fácil lidar com a afetividade quando se sofre de TDAH, também não é fácil pra quem se relaciona com uma pessoa assim, é preciso muita compreenssão e amor.

TDAH não tem cura, mas tem controle, há tratamentos baseados em terapia associada a medicamentos que podem garantir qualidade de vida aos DDAs. Não posso deixar de falar uma coisa sobre essa parte (tratamento), nem sempre é fácil encontrar a melhor escolha de tratamento, na verdade à princípio é bem complicado pois o paciente e o médico vão 'testando' os medicamentos e substituindo-os à medida em que suprem ou não os efeitos, ou se causarem efeitos adversos.

Dois problemas comuns enfrentados pelos DDAs são a insônia, velha conhecida dos hiperativos; e o abuso de drogas, é comum que o DDA perca a noção de limite e se deixe levar pelo característico impulso.

Novamente eu digo, o livro é excelente, muito explicativo, muito bem dividido em seus capítulos, usa de uma linguagem fácil, acessível e é carregado de informação sobre TDAH.



Mentes perigosas
Ana Beatriz Barbosa

A autora começa caracterizando grosseiramente o psicopata, citando exemplos e demonstrando a atitude dessas pessoas, mais tarde ela disseca a mente desses cidadãos doentes e analisa seu comportamento cruel.

Eles estão ao nosso lado, não tenha dúvidas sobre isso, eles jantam conosco à mesa, trabalham conosco, convivem diariamente, você que não os percebeu ainda. Ana Beatriz explica que há diversos 'graus' de psicopatia, ou seja, nem todos são assassinos ou serial killers, muitos deles vivem de pequenos golpes, trapaças, egoístas ao extremo vivem a passar os outros pra trás, não se importam o mínimo com as outras pessoas que os cercam, são incapazes de sentir amor por alguém.

Por fim ela foca em como identificar essas pessoas e como lidar com elas, uma forma de se defender e fugir das garras dos psicopatas, que tradicionalmente são bastante envolventes e dissimulados, capazes de forjar sentimentos e situações que não condizem com o que sentem ou pensam, eles fingem tudo para atingir seus objetivos mais sórdidos.



O livro de ouro da mitologiaThomas Bulfinch

Duvido muito que alguém nunca tenha ouvido falar em qualquer mito Grego ou Romano, que não conheça a história de nenhum deus, ou mesmo o nome de vários deles.Rei de Midas, que pediu que tudo que tocasse, virasse ouro.

Na antiguidade a mitologia servia para dar explicações sobre a origem e o funcionamento das coisas no mundo, hoje em dia fazemos isso através da ciência, o que não impede que a mitologia se mantenha viva em nossa sociedade. São inúmeros deuses e deusas que até hoje se mostram presentes na nossa sociedade, sendo cultuados, adorados, estão vivos em histórias e festas como os jogos olímpicos. A cultura Grega se fez marcar de uma forma que nunca morreu, quem sabe será eterna.

O livro conta inúmeras histórias carregadas de significados que não deixam de ser atuais, não cabe questionamentos sobre a veracidade do conteúdo, o que vale é admirar a beleza e a imensa criatividade com que esses povos construíram um mundo imaginário em que Tudo faz sentido, tudo se fecha e parece tão óbvio quando não se tem domínio tecnológico e aparato científico para entender o verdadeiro funcionamento das coisas.

Às vezes penso que nós, da mesma forma que eles fizeram, defendemos tanto nosso ponto de vista científico e propagamos ele adiante, queremos que prevaleça para a posteridade. Mas será que um dia não descobrirão o "verdadeiro" funcionamento das coisas do mundo, e o nosso entendimento será então somente um punhado de histórias bonitas e que fazem algum sentido pra quem não sabia ' a verdade'? Será que um dia nossa ciência também será uma mitologia expressa em livros por uma nova civilização mais evoluida?

Importante destacar ainda que o livro não trata somente da mitologia Greco-romana, mas também fala um pouco sobre outras como a mitologia Nórdica, Oriental, Hindu, Egípcia...



A beleza está nos olhos de quem vê
Camila Cury


Este foi o primeiro livro que li da Camila Cury e já gostei. Ela trata no livro sobre a beleza e todos os conflitos que giram em torno disso, sobretudo os problemas de auto-imagem e eterna busca pelos padrões (doentios) de beleza, sobretudo por parte das mulheres.

Pra ilustrar toda essa problemática ela analisa a trajetória de famosos como Susan Boyle, Yoko Ono e Michael Jackson, assim como a de pessoas comuns como eu e você. Um caso bastante peculiar é o de um garoto considerado dentro dos padrões de beleza estabelecido pela sociedade, as meninas o acham lindo, mas ele se acha horrível por conta do seu nariz, ele faz plástica, todos o elogiam ainda mais, e ele continua se achando um lixo. Isso é mais comum do que a gente pensa.

Camila Cury propõe que façamos uma revolução na nossa mente, no modo como encaramos nosso corpo e nossa imagem, de nada adianta modificá-los se não mudarmos nossa concepção; o problema muitas vezes não está no nosso corpo, mas na forma como o encaramos.



Pai rico, pai pobre
Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter

Os autores contam a história de um garoto que teve dois pais, um rico  e um pobre. O pobre lhe dizia que dinheiro não era importante e apesar de ganhar bem ele viveu uma vida repleta de dificuldades e nunca conquistou o bastante. O pai rico não, esse era instruído, pensava diferente, sabia fazer o dinheiro se multiplicar quase que por si só.

Robert  e Sharon nos mostram que o que torna uma pessoa rica ou pobre não é a quantidade de dinheiro que ela ganha, mas sim o que faz com esse dinheiro, a forma como o administra, e isso eu acho que é a Essência do livro. Não adianta ganhar muito dinheiro, pouco importa o quanto você ganha, o que realmente é importante é o quanto desse dinheiro você conserva.

O pai pobre diz a seu filho que ele precisa estudar e tirar boas notas no colégio. Mas no colégio se ensina a lidar com as finanças? É o tipo da coisa que se aprende em casa, em geral com o pai, e não na escola. Então não adianta ele estudar e tirar as melhores notas pois se não for ensinado a lidar com o dinheiro jamais se tornará uma pessoa rica. Em geral é isso que acontece, as pessoas ganham cada vez mais e gastam cada vez mais, continuam pobres.

Ao longo do livro eles nos explicam conceitos como sociedade anônima e seus benefícios, falam sobre a importância de investimentos em royalties, ações, títulos e imóveis, ensinam a lidar com os impostos e esmiuçam o conceito de ativos e passivos.




 O pequeno príncipe
Antoine de Saint Exupéry

Uma obra aparentemente simples e pueril que esconde um enorme teor filosófico, leia com atenção, cada diálogo e citação é filosofia pura!

O pequeno príncipe morava sozinho num planeta do tamanho de uma casa, lá havia três vulcões e uma flor de enorme beleza e igual orgulho. Tamanho era o orgulho da flor que  acabou por tirar a  paz do pequeno príncipe e o fez sair numa viagem por outros planetas, a qual acabou no planeta Terra. Ao longo da viagem ele conheceu diversos personagens, como o contador, o rei, o adulto solitário, a serpente e outros, que o fizeram refletir e descobrir o segredo do que realmente é importante na vida: " Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."

O livro nos conduz a uma profunda reflexão sobre o que realmente é importante na vida, sobre o julgamento que fazemos das coisas e das pessoas, e sobre como nos preocupamos com os problemas do dia-a-dia, que nos tornam plenamente adultos e nos fazem esquecer a criança que um dia fomos.

Outro trecho que gostei:

"A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa.
- Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"




Temperamento forte e bipolaridadeDiogo Lara

Pra mim foi bastante esclarecedor ler esse livro, foi um dos primeiros (ou até mesmo o primeiro) a respeito do transtorno bipolar que eu li. O diogo Lara, psiquiatra e pesquisador de neurociências, consegue nos explicar através de uma linguagem clara e acessível as nuances de um bipolar, ele descreve, mais do que isso, ele disseca a bipolaridade e expõe no seu livro.

Antes dessa leitura eu tinha uma idéia bem simplista do bipolar, diria até caricata, pensava que eles eram só depressão ou euforia intensa. Nada disso, há MUITO mais coisa envolvida, é bem complexo.

O autor começa o livro explicando os diversos temperamentos, depois o espectro bipolar e as oscilações de humor que são a marca desse transtorno. Diferente do que poderíamos supor, a bipolaridade não é só humor instável, há também diversas outras características importantes como por exemplo impulsividade, afetividade intensa, ansiedade, impaciência, promiscuidade, abuso de álcool, desconcentração e rebeldia com relação a regras. 

Ao longo da leitura pude perceber que há um espectro bipolar, diversos 'níveis', e cada um requer uma atenção e um tratamento diferente. Além disso não há uma fórmula ou rótulo pra se identificar um paciente; o diagnóstico só é dado depois de muita investigação.

Então sendo assim pra quem quer compreender e aprender um pouco sobre esses indivíduos tão peculiares, INTENSOS e IMprevisíveis vale a pena dar uma lida no livro do Diogo Lara. Melhor saber um pouco do que eles passam antes de julgá-los.


Como funciona o cérebro
John McCrone


Esse livro é SUPER didático e ilustrado, repleto de informações, ele não nos deixa entediado um minuto sequer. É uma edição compacta que trata o cérebro anatomicamente, fala dos neurônios, suas redes de processamento, distingue funções predominantes de cada hemisfério; e não somente isso, mas também trata da construção da memória, da consciência e a formação dos pensamentos. John McCarone tira o cérebro do jargão de máquina e lhe dá vida como um órgão completamente diferente dos demais.



Mapas mentais 
Tony buzan

Um dia uma amiga comentou sobre um tal de mapas mentais, eu nem sabia o que era isso, mas fui pesquisar, parecia interessante. Logo que entendi do que se tratava eu fui atrás de um bom livro que me ensinasse de uma forma simples como eu poderia construir meus primeiros mapas mentais, e rapidamente lá estava eu, produzindo.

Mapa mental, pra quem não faz idéia do que seja, é uma forma de gestão da memória e aprendizado em que palavras são associadas a imagens e se conectam todas entre si por meio de braços ou riscos ondulados. Se colocar no google imagens encontrará milhares deles.
À princípio pode parecer confuso tanta informação, mas o mapa mental é um instrumento individual, que só serve pra quem o preparou e consequentemente o construiu conforme sua linha de pensamento. Sendo assim não tente entender o mapa mental de outra pessoa, veja os mais simples apenas pra reconhecer o mecanismo como são feitos.

Tudo começa com uma palavra central, grande, de onde vai partir inúmeras associações que te farão lembrar de um enorme conteúdo sem que precises escrevê-lo todo, você só usa palavras-chave. É importantíssimo que se use muitas canetas coloridas e sempre muitas imagens, desenhos, formas, quanto mais diversificado e colorido mais ativará seu cérebro na memorização e aprendizado. Outra coisa importante, evite as linhas retas, prefira as sinuosas.

Os mapas mentais têm sido utilizados cada vez mais numa sociedade em que o volume de informações é imenso e que não temos tanto tempo de reler enormes textos e resumos. O mapa mental surge como alternativa viável pois suas palavras chaves, associações e imagens ajudam a relembrar e compreender qualquer conteúdo.

Existem diversos livros que ensinam a técnica dos mapas mentais, sites que dispõem de modelos prontos e até programas de computador que elaboram mapas mentais personalizados. É só pegar as canetas e soltar a criatividade, garanto que dessa forma é possível resumir inúmeras páginas em um único mapa mental que cabe numa folha de papel.




Preciosa 

Sapphire

Primeiro eu assisti ao filme e depois, por acaso, achei o livro e comprei pra ler. Pensei 'se o filme foi tão bom o livro deve ser melhor ainda', e geralmente é assim. Na minha opinião o livro é Excelente, porém como oscila entre as vivências da Claireece Precious Jones e suas anotações no diário da escola, eu achei que a narrativa ficou um pouco lenta.


A história sem dúvida é Fantástica, um misto de sofrimento intenso e superação. Preciosa é obrigada a largar a escola cedo pois está grávida. Grávida do próprio pai. E não é o primeiro filho que teve com ele, é o segundo. Achou pouco? O primeiro nasceu com síndrome de down, e é criado pela vó, só vem pra casa no dia em que a assistente social vai fazer as visitas que garantem o recebimento de um crédito pelo governo.


Preciosa é estuprada pelo pai, intensamente humilhada e violentamente espancada pela mãe, às vezes até estimulada sexualmente por ela, de uma forma repugnante e absurda. Sua mãe lhe diz o tempo todo o quanto ela é insignificante, um lixo, uma porca, burra, ignorante e incompetente. Essa é a história de uma garota negra e obesa, reprimida, sufocada, que tem sua auto-estima em valores abissais e nunca recebeu carinho de seus pais, ao contrário, estes sempre foram hostis e nojentos com ela.

Em algum momento ele pensa alto e diz que queria morrer, mas nem isso sabe fazer, então vai seguindo adiante, do jeito que dá. Ela praticamente não tem vida, apenas passa os dias.

Preciosa é uma garota que não teve o direito de sonhar, sua vida sempre foi dura demais, não recebeu amor e atenção dos pais. E como isso lhe fez falta... Na escola ela sempre foi motivo de piada, nunca soube o que era ter amigos, não sentia amor por ninguém. Mas como poderia amar se nem sabe o que é isso, se nunca recebeu isso em casa?


Depois de muito sofrer na vida, e quando digo muito é muito mesmo, um anjo paira na vida de Preciosa, ela recebe ajuda de uma professora e a partir daí sua vida começa a mudar. Preciosa aprende que ela tem um valor, ela aprende a se amar e então presenciamos -como o próprio subtítulo do livro sugere- o nascimento de uma alma. Preciosa é uma história de esperança, de transformação (talvez por isso na capa do livro ela esteja com asas de borboleta) repleta de emoções fortes, pra quem tem estomago.


Várias passagens do livro me chamaram a atenção e gostaria de poder compartilhar todas, mas como não dá eu comentarei somente uma, simples, foi no dia em que uma amiga da nova escola lhe dá um abraço. Preciosa diz que jamais alguém havia lhe dado um abraço, que ela nunca soube o que era aquilo e ficava até sem jeito diante de tal ação inesperada. Nunca havia recebido carinho, sexo pra ela era uma coisa suja e forçada, era coagida àquilo. A descoberta da amizade foi uma das mais belas no livro, da amizade e tudo que vem junto, o amor, o carinho, a atenção.


Vale MUITO a pena ler essa obra.


Amigos ouvintes CBN 
Arnaldo Jabor

Esse livro do Jabor, "um louco que acredita nesse país", como ele mesmo se intitula, trata de diversos temas debatidos no seu programa de rádio, divividos em sete capítulos: política nacional, política internacional, amor e sexo, violência, personagem, cinema e dia-a-dia.

Eu particularmente adoro o Jabor porque ele realmente defende suas opiniões, ele tem pontos de vista que eu concordando ou não, são incisivos e bem fundamentados. Gosto disso, de pessoas que tem alguma coisa a dizer, que acreditam no que dizem. Ele não é morno, ou é frio ou é quente, tem a língua bem afiada e não teme atacar quem quer que seja, também elogia com toda propriedade quando acha que merecem, é irônico e sarcástico, bem humorado, consegue ser divertido sem perder a postura reflexiva. Esse é o Jabor.

Abertura do capítulo política internacional:
"A história, às vezes, tem ataques epiléticos.Já tivemos de tudo em matéria de loucura, violência, tragédia. Isso continua nas guerras, que explodem no Iraque ou no Oriente médio, ou no terrorismo, mas há uma coisa nova no ar: a imbecilidade no poder. Parece que os idiotas foram transformados em ídolos, em deuses das multidões. Basta um sujeito ser bem estúpido, parvo, babando na gravata as piores bobagens que é eleito ou então transformado em líder político."

O corpo fala 
Pierre Weil e Roland Tompakow


O corpo fala, e acredite, a linguagem falada é apenas uma pequena parcela das mensagens que passamos durante uma conversa. Pierre Weil e Roland Tompakow se propõem a nos alfabetizar na linguagem do corpo, contando todos os segredos dessa expressão através de uma narrativa extremanete dinâmica e acessível acompanhada por inúmeras ilustrações.

Com esse livro aprendi a analisar as pessoas durante uma conversa, a observar seu comportamento, sua postura, até  mesmo a inclinação do seu corpo pode me dar sinais. As mãos são especialmente importantes, elas podem estar cruzadas, junto ao corpo ou segurando algum objeto, cada posicionamento desse nos dá um significado distinto. Compreendi também que as palavras podem carregar um valor distorcido, é verdade, mas o corpo se expressa sempre de maneira verídica e coerente, pois é inconsciente a forma como nos comportamos diante de um bate papo, não é como as palavras que medimos antes de usar.

Acredito que seja importante em qualquer profissão um bom domínio e entendimento das mensagens transmitidas numa conversa, até na vida pessoal mesmo, nos relacionamentos, aprender a ler os gestos é uma forma de enriquecer seu conhecimento humano.

Deixo então um sabor de quero-mais através da mensagem que os autores passam já no primeiro capítulo:
"Alguém à sua frente cruza ou descruza os braços, muda a posição do pé esquerdo ou vira a as palmas das mãos para cima. Tudo isso são gestos inconscientes. e que por isso mesmo, se relacionam com o que se passa no íntimo das pessoas.

Quer saber o que significam?"
Se a resposta foi positiva, então leia o livro.


Freud para iniciantes 
Richard Osborne


Freud é cheio de teorias que explicam tudo (pelo menos no campo do comportamento humano), tanto que quando não sabemos explicar alguma coisa empurramos logo o abacaxi pra ele: "Freud explica." O pai da psicanálise tem muito a nos ensinar, não há dúvida, se você é como eu que tenta entender suas explicações mas não consegue, se já leu diversos livros sobre ele e continua sem entender bem, recomendo que leia  Esse livro. E se você nunca leu qualquer livro do Freud, melhor ainda, leia esse primeiro.


O livro é todo ilustrado em formas de quadrinhos, você aprende se divertindo, não é uma leitura tradicional e chata e por isso mesmo é bom pra quem está começando, o leitor vai se familiarizando com as idéias de Freud aos poucos, sem choque, e com uma leitura animada. Depois que você tiver lido esse livro e já tiver algumas idéias formadas, aí então você pode partir pra uma leitura mais aprofundada e se aventurar no Freudismo, entenderá mais facilmente suas teorias.

Ativos basicamente são aqueles que geram lucros; e os passivos, gastos. Claro que alguns passivos -como despesas com os filhos, lazer e moradia- não podem ser excluídos definitivamente do orçamento, mas os autores nos orientam que todo passivo deve ser minimizado e todo ativo maximizado, para que o saldo de manutenção seja sempre positivo e crescente.


Pra quem pensa em acumular riqueza, dominar a especulação imobiliária, aprimorar sua gestão financeira ou mesmo aprender a controlar melhor seu fluxo de caixa, a leitura é ideal.





[Mente Hiperativa]

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Blogo, logo existo.

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana