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HIPERATIVOS:

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31 outubro 2010

Amélie Poulain

Ela sempre cuida de todo mundo, mas...

E da vida dela, quem toma conta???

[Mente Hiperativa]

30 outubro 2010

De onde vem o que você escreve?

Às vezes o que escrevo foi o que vivi
Outras vezes apenas observei alguém vivendo
Ou ainda imaginei, inventei uma vivência

Na maioria das vezes é uma mistura dos três

[Mente Hiperativa]

29 outubro 2010

Dilmeserra

Eu não aguento mais ver o debate vazio de Dilma e Serra, a intensa e constante troca de acusações, parecem dois guris fuxicando um do outro pra mãe: "Manheee, Serra abandonou várias candidaturas", "Manheee, mentira dela, ela que privatizou a exploração de petróleo".

Poxa, será que ninguém lembra que é candidato? Ninguém tem proposta?

São calúnias, acusações, escândalos, agressões... Pra onde eles pretendem levar o país assim?

Ainda bem (ou não!) que Domingo acaba isso tudo.

[Mente Hiperativa]

28 outubro 2010

Quer a chave?


Eu digo a ela que fico triste sem motivo
Ela quer me rotular de depressivo
Eu digo que fico também muito eufórico
Às vezes
P
ra confundi-la
Ela me chama de bipolar
Falo então das manias, dos impulsos
El
a fala de quadro disso, sintomas daquilo

Porque ela quer me enfiar numa classificação?
Que tal apenas me ouvir?
Hoje eu chego e conto uma coisa
M
as amanhã mudou tudo
E aí, cadê seu rótulo?
De que serve uma classificação se ela muda tanto?


Eu sigo tudo certinho

E de repente sumo por um tempo
Depois volto
Com a cara mais lavada
R
rsrsrsrs
Eu sei que vou levar bronca

Quem me entende?
Não sei

Mas sei que ela NÃO me entende
Bobagem, pois eu também não me entendo

Só tenho pena dela com suas classificações,
Esnobo todas elas
E
não fico em nenhuma por muito tempo
[Mente Hiperativa]

27 outubro 2010

Saudosa maloca




Quando eu era criança escutava muito minha cantando essa música, ela adorava. Claro que eu não gostava, era apenas uma criança, mas depois quando cresci a música permaneceu imortal nos meus ouvidos, consegui escutá-la de verdade como não conseguia antes, e percebi a beleza e a emoção de que trata sua letra.

Quinta-feira a globo exibirá um especial para o Adoniran Barbosa, e eu vou assistir somente pra lembrar das músicas que vovó cantava...




Saudosa Maloca - Adoniran Barbosa

Si o senhor não está lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício arto
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mais, um dia
Nem nóis nem pode se alembrá
Veio os homi cas ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.

[Mente Hiperativa]

26 outubro 2010

Qual é o meu lugar?

Hoje eu pensava qual é o meu lugar, pensando bem eu descobri que lugar algum me cabe por inteiro.

É, talvez eu seja inquieto demais, ou espaçoso, certamente também sou volúvel. Sou, sim, muito volúvel, e tenho uma enorme sede pela novidade.

É triste, mas constato que nenhum lugar me cabe por inteiro, nem mesmo um coração me cabe todinho, não CONSIGO ficar quieto lá dentro, tenho falta de ar, asfixia, vontade de correr e respirar o ar puro. É involuntário.


O fato é que não consigo ficar apenas em um lugar por muito tempo, não fico no mesmo assunto, com a mesma pessoa, com o mesmo grupo de pessoas, não suporto a rotina, a sistematização, a mesmice. Isso tudo me mata, me corrói, me consome.


Por exemplo, normalmente quando as pessoas estão
'ficando', se gostando, quando se amam, elas querem ficar grudadas 24 horas por dia ?! Mas como eu poderia ter saudade de alguém se ela não sai de perto de mim um minuto? Como eu teria alguma novidade pra contar se ela me liga 5 vezes ao dia? Eu não tenho tanto assunto... Fico sufocado.

Talvez eu seja um pouco diferente da maioria, talvez eu precise de um espaço maior do que a média. Além disso alguma coisa dentro de mim me motiva a buscar o novo, a conquistar coisas novas e mudar a realidade constantemente. Preciso disso. É uma busca constante do não-sei-o-quê. Mas quando eu achar eu vou saber o que era que eu procurava.

[Mente Hiperativa]

25 outubro 2010

O banco de praça

Toda tarde sentava-se naquele velho banco de praça, sempre ali, debaixo da mesma árvore. Então pensava, sempre os mesmos pensamentos, recordava aquele amor que já morreu, mas que ao mesmo tempo ainda insistia em manter-se vivo em seu peito. Lembrava de cada momento, cada beijo, cada abraço. Revivia cada encontro, cada passeio, sentia a voz do seu amor, o seu cheiro, e até o seu toque. Mas ele não estava mais ali ao seu lado, quando ia perceber isso? Até quando pretendia se toturar dessa forma?

[Mente Hiperativa]

22 outubro 2010

E se você perdesse tudo???

Semana passada meu computador parou. De repente, sem eu ter feito absolutamente nada. Daí em diante ele apenas liga, mas não obedece comando algum, 'congela' no desktop e pronto.

Me apressei e levei logo na assistência, pois faltava poucos dias pra acabar a garantia (e nesse momento me achei sortudo). A recepcionista disse que possivelmente seria o sistema corrompido, vírus, e que a máquina precisaria ser formatada. FORMATADA, ela disse assim, bem calma, OU SEJA, todo meu arquivo seria apagado, deletado, excluído, limpo, descartado, eliminado... Tadinha, a recepcionista achou que eu fosse uma pessoa antenada, orientada, organizada, que faz backup semanalmente de seus arquivos. Eu fiz um uma vez há... uns dois anos!

A partir de então eu comecei a pensar o que teria de importante no meu computador que poderia me deixar desesperado com o fato de perder tudo. Analisando bem... Até que não é um motivo TÃO alarmante assim, algumas coisas importantes relacionadas à faculdade, ao blog ou mesmo assuntos pessoais eu salvo no email, e o resto, ah, o resto é resto, não vou morrer se perder alguns arquivos. Talvez eles nem fossem tão úteis assim, ou tão dispensáveis.

Às vezes a gente se mata porque perdeu a memória do computador, eu já perdi tanta coisa mais importante na minha vida e tô aqui vivo, já perdi Pessoas importantes e nem por isso morri junto com elas, então porque deveria me abater por conta de alguns gigas?

E viva o desapego, fiz uma faxina involuntária no meu disco rígido, esvaziei espaço pra encher de coisas NOVAS, que bom. Que venha o NOVO!

[Mente Hiperativa]

Agradecimento

Agradeço profundamente a Deus por ter tudo o que tenho.

Agradeço primeiro à saúde que ele me deu, ao corpo livre de qualquer deficiência física ou mental significante que poderia impedir ou dificultar minha mobilidade ou mesmo minha inclusão social.

Agradeço também pelo que tenho de mais importante na vida: Minha família! Sem ela eu não seria nada, é junto a ela que busco refúgio, orientação, amor, cuidado e apoio nas minhas decisões.

Agradeço pela mãe que tenho, que me ama mais que tudo nessa vida, que me ama incondicionalmente, que faz tudo por mim, me enche de mimos, de amor e que faz coisas que pessoa alguma - repito - pessoa alguma nesse planeta faria por mim.

Agradeço por ter sido neto de dona Rosa, falecida há 7 anos mas que continua viva e bem viva em meu coração. Ela que sempre me tratou como um verdadeiro filho, atenuando todas as possíveis consequências da conturbada relação dos meus pais.

Agradeço por ter amigos verdadeiros, com os quais posso rir ou chorar, dividir minhas angústias e sair pra me divertir. Sei de cada amigo sincero que tenho, amo todos eles e procuro sempre estar próximo para também ajudá-los.

Agradeço pela oportunidade que tive de estudar, de fazer o curso universitário que sempre sonhei, de lutar por tudo que eu sempre quis, por todo apoio que recebi pra seguir em frente.

Agradeço por ter um lar, não somente no sentido de amor e família, mas também no sentido físico, um abrigo confortável e modesto onde posso descansar ao fim do dia.

Agradeço pela fartura de alimentos, por não saber o que é passar fome, por poder sempre escolher o que vou comer e pela mesa farta de todos os dias.

Agradeço por ter bom-senso e ser crítico o suficiente pra saber que nem tudo é perfeito, nem tudo é bonito, nem tudo está certo.

Agradeço por ter um pouco de romantismo, o que me garante jamais perder as esperanças por completo e sempre acreditar que por pior que a situação esteja ela ainda tem uma solução e que no fim tudo pode dar certo.

Agradeço por poder sonhar, por ter sido ensinado e estimulado a plantar sonhos na minha cabeça, sonhar com um brinquedo, com um passeio, uma visita, uma profissão, com filhos, com uma vida. Sonhar e fundamental pra se viver.

Agradeço isso tudo e muito mais qe Deus me deu. Agradeço o que foi e o que está por vir.


[Mente Hiperativa]

19 outubro 2010

A origem dos vulcões

" Depois de Júpiter e seus irmãos terem derrotado os Titãs e os expulsado para o Tártaro, um novo inimigo ergueu-se contra os deuses. Eram os gigantes Tífon, Briaren, Encéfalo e outros. Alguns deles tinham cem braços, outros respiravam fogo. Afinal, foram vencidos e enterrados vivos no monte Etna, onde alguns continuam a lutar pra se libertar, sacudindo toda a ilha com os terremotos. Sua respiração sai através da montanha e é o que os homens chamam de erupção vulcânica. "

Fragmento do livro "O livro de ouro da mitologia", por Thomas Bulfinch.

[Mente Hiperativa]

Uma história real

Dona Esmeralda era uma senhora humilde que desde cedo tinha o sonho de ser professora; a vida, no entanto, não lhe foi solidária, ceifou dela a chance de estudar. Desde muito cedo e mesmo sem saber ler, dona Esmeralda teve que trabalhar para se manter e também para sustentar a filha, que jamais conheceu o pai. Hoje, aposentada, dona Esmeralda se orgulha de ver a filha que se formou há pouco tempo em pedagogia.

Apesar da idade avançada dona Esmeralda conservou bastante a altivez, na comunidade onde mora invadiu um terreno abandonado há alguns anos e nesse espaço ergueu algumas paredes com a ajuda dos vizinhos, criou um lugar pra receber e cuidar de crianças. Tudo foi feito com muito amor e improviso, dona Esmeralda saia pela comunidade catando pedaços de azulejo pelo lixo e pelas ruas, por fim juntou todos os caquinhos e fez um belo mosaico para cobrir o chão.

O espaço que ela criou, que de tão pequeno e simples não tinha nem nome, servia essenciamente a ocupar o tempo das crianças, dando-lhe alguma atividade útil, e mais do que isso, dando-lhe a oportunidade de sonhar, dando-lhe um acolhimento e um apoio. Era isso que elas precisavam naquela comunidade tão hostil, nessa sociedade tão excludente em que vivemos.

Com o tempo e com o prestígio que tinha -pois todos ao redor sabiam de sua nobre intenção- dona Esmeralda foi recebendo doações, telhas, latas de tinta, materiais escolares, cimento. Recebia um pouquinho de cada coisa, toda ajuda era sempre muito bem vinda. Assim ela foi melhorando e ampliando seu acolhimento cada vez mais.

Um dia dona Esmeralda decidiu que criaria peixes para suas crianças, com ajuda de alguns amigos ela cavou três buracos enormes no terreno vizinho, depois buscou ajuda de quem podia enchê-los, em seguida batalhou por alevinos e ração. Ganhou tudo. Assim. partindo do nada, ela conseguiu uma fonte de comida que ajuda a alimentar diversas crianças.

Assim era a mente de dona Esmeralda, partia de ma ou duas promessas e então criava um projeto e logo o colocava em prática. Ela era muito bem articulada e não rejeitava qualquer tipo de doação, tudo que pegava conseguia modificar e dar vida, utilidade. Garrafas pet nas suas mãos viravam artesanato, canetas também, latinhas eram recicladas, móveis quebrados eram reparados e ganhavam uma nova cara. Nada se perdia em suas mãos;

Certo dia meu pai juntou bastante coisa "velha" no trabalho dele, coisas que ao nosso olhar não tinham mais utilidade. Ele contactou dona Esmeralda, que não tinha sequer uma bicicleta pra ir buscar as coisas, ela arrumou a kombi emprestada de um amigo e, em três viagens, buscou tudo que tinha no trabalho de painho. Meses depois, quando foi visitar seu espaço de acolhimento, painho pôde ver as estantes enferrujadas, agora de cara nova, pintadas, o sofá velho e furado havia sido coberto com uma colcha, até mesmo as caixas de papelão ganharam ma utilidade, foram forradas e se prestavam a guardar brinquedos.

Dona Esmeralda tinha um dom, de transformar as coisas, dar-lhes vida, amor, e nem a pobreza nem a falta de estudo lhe impediu de usar seu dom. Gostaria muito de encontrar outras Esmeraldas por aí, pela vida afora.

[Mente Hiperativa]

18 outubro 2010

As máquinas cumprem seu papel?

Num tempo não muito distante o homem costumava acordar bem cedo, junto com os primeiros raios de sol, tinha um dia longo pela frente, árduo e cheio de atividades, mas no fim do dia dava tempo de fazer tudo.

O homem evoluiu, e também evoluiu com ele sua ânsia pelo progresso, sua ambição. Devido a isso sua agenda ficou mais sobrecarregada, inúmeras tarefas passaram a preeencher seu dia, o qual já não parecia mais tãão longo quanto antes. Por isso ele inventou aquela que lhe ajudaria nos serviços, a máquina, e que deveria dar-lhe um pouco mais de descanso, visto que a mesma faria a tarefa que deveria ser feita pelo próprio homem.

Hoje o homem não acorda mais com o sol, o dia começa mais tarde, passou a ser bastante curto e muito corrido. São milhares de tarefas a serem executadas em 24horas e nunca dá tempo de cumprir todas elas, sempre fica um pouquinho pra amanhã, e esse pouquinho vai então se acumulando como numa bola de neve que rola ladeira abaixo.

Onde estão
as máquinas que nos ajudaram? Porque elas não nos dão mais tempo livre?

As máquinas foram inventadas pra que fizessem uma
atividade no lugar do homem, que então gozaria de mais tempo livre. Mas na prática temos cada dia mais máquinas, cada dia menos tempo livre, e passamos boa parte do nosso tempo ATRÁS das máquinas, operando-as, como você está fazendo agora. Que contraditório...

[Mente Hiperativa]

Mulherão


" Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Malu Mader, Letícia Spiller, Adriane Galisteu, Luma de OLiveira e Bruna Lombardi.

Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão. Aí, a gente descobre que tem uma em cada esquina, que tem um montão delas por aí.


Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.


Mulherão é aquela que vai de madrugada para fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na filado banco para buscar uma pensão de 100 reais.

Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta-feira, e uma família todos os dias da semana.


Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.


Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.


Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.

Mulherão? É aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.


Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.


Mulherão é que cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação.

Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.

Mulherão é quem, se ainda sobrar um tempinho, espreme as espinhas do marido, arranca os pelos encravados da barba dele, tá sempre disposta a uma noite de amor.

Lumas, Brunas, Carlas, Luanas, Feiticeiras e Sheilas: mulheres notas 10 no quesito lindas de morrer, mas mulherão, mulherão mesmo, é aquela que mata um leão por dia, enquanto carrega pedras nos intervalos. "


Martha Medeiros




Nada contra as Lumas, Brunas, Carlas, Luanas, Feiticeiras e Sheilas (nada mesmo!), mas concordo com a Martha. Elas podem ter medidas perfeitas, serem bonitas e gostosas, mas de nada adianta se não forem capazes de trabalhar, lutar, se esforçar, cuidar, amar, se dedicar... Essas sim são verdadeiros mulherões, independente da sua forma física ou aparência.


[Mente Hiperativa]

17 outubro 2010

Eros

O amor (Eros) nasceu do ovo da noite, que flutuava no caos. Com suas setas e sua tocha, atingia e animava todas as coisas, espalhando a vida e a alegria.

[Mente Hiperativa]

Sobre-estima: A baixa auto-estima mascarada

Primeiro de tudo, o que é auto-estima?

É sobretudo a visão que temos de nós mesmos, e não somente isso, mas também as implicações que esse juízo traz para nossas vidas.

Pessoas com baixa auto-estima costumam ser inseguras têm medo de tomar decisões, medo que descubram seus 'supostos pontos fracos', se preocupam demais com o julgamento alheio, costumam se desvalorizar e não sabem lidar com os próprios fracassos.

Às vezes o apreço exagerado por si mesmo reflete na verdade uma baixa auto-estima - os psicólogos chamam isso de "sobre-estima" - e ocorre quando a pessoa mascara sua baixa auto-estima através de uma supervalorização de si mesma. Na maioria das vezes ela mesma sabe que é tu mentira, fachada, mente para os outros, engana-os se fazendo de forte, mas por dentro sofre sentindo-se inferior. Pense nisso quando lidar com uma pessoa arrogante e prepotente, pode ser um disfarce.

Outra característica de quem tem sobre-estima é colocar sobre os outros a culpa de seus fracassos, além de jamais tolerar ser criticado. Uma pessoa com auto-estima sólida certamente encara melhor suas dificuldades, com clareza e objeção, é sem dúvida uma pessoa mais madura emocionalmente.


[Mente Hiperativa]

Xote do edifício


Xote Do Edifício - Zeca Baleiro

Se você quiser te dou meu coração

Arranco ele do peito com canivete

Dói um pouco mais depois passa

Como tudo passa, o trilho, o trem


Se você quiser, só se você quiser

Te dou minha mão, meu pé

Uma perna, um braço

Sem eles eu passo
Sem eles eu passo muito bem


A dor que me dói, também conforta
Dói e pouco me importa então
Morrer de amor
Morrer de amor, morrer de amor


Morrer de amor não é difícil, não
Se atirar do edifício

Viver de amor é que é difícil

Se atirar


Morrer de amor não é difícil, não

Se atirar do edifício

Viver de amor é que é difícil

Se atirar

PS: Não encontrei vídeo no Youtube com esta música pra disponibilizar a vocês.


[Mente Hiperativa]

16 outubro 2010

Como acabar um relacionamento?


Essa semana eu li em algum lugar que acabar um relacionamento deve ser como arrancar um band-aid, rápido, num puxão só.

Quando eu ainda ainda era solteirão pesava que ia ser fácil acabar um namoro e ficar tudo bem, manter a amizade. Eu estava enganado, hoje eu sei. Acabar um relacionamento é difícil, as pessoas (sobretudo as mulheres) exigem um motivo concreto, palpável, objetivo, não aceitam que acabou, que não atingiu as expectativas, esfriou ou que simplesmente não dá mais pra prosseguir. Elas querem motivos, e quando você tem motivos elas não gostam nada disso. Quem entende? EU não entendo.

Será mesmo necessário perder o respeito pra então poder acabar um namoro? É preciso haver uma amante, traição, violência ou outro 'motivo' plausível e concreto?

Não seria melhor acabar pacificamente, pelo simples motivo de que não dá mais e pronto?

Muitas pessoas Exigem um motivo do seu parceiro, pois eu digo, se exigirem ele arruma um belo motivo e então as coisas ficam bem piores.

[Mente Hiperativa]

Princípio do vazio

Hoje recebi um email, uma bela mensagem sobre o deapego, sobre como muitas vezes nos impedimos de viver o futuro, impedimos de que coisas novas cheguem a nós. E por que? Porque não deixamos espaço pra que entrem, lotamos nossa vida de coisas velhas e inúteis, objetos, relações mal-resolvidas e sentimentos ruins. A mensagem diz que é preciso abrir espaço, se livrar do velho e abrir passagem para o novo, para as oportunidades que estão circulando ao nosso redor. Leiam:
Tens o hábito de juntar objetos inúteis neste momento, crendo que um dia (não sabes quando) poderás precisar deles? Tens o hábito de juntar dinheiro só para não o gastar, pois pensas que no futuro poderá fazer falta? Tens o hábito de guardar roupas, brinquedos, sapatos, movéis, utensílios domésticos e outras coisas que já não usas há bastante tempo? Tens o hábito de guardar o que sentes, broncas, ressentimentos, tristezas, medos, pessoas, etc? E dentro de ti?

Não faças isso! É anti-prosperidade. É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem à tua vida. É preciso eliminar o que é inútil em ti e na tua vida, para que a prosperidade venha. É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que tu desejas. Enquanto estiveres material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades. Os bens precisam de circular

Limpa as gavetas, os armários, o teu quarto, a garagem. Dá o que tu já não usas. A atitude de guardar um montão de coisas inúteis amarra a tua vida. Não são os objetos guardados que param a tua vida, mas o significado da atitude de guardar. Quando se guarda, considera-se a possibilidade de falta, de carência. É acreditar que amanhã poderá faltar e tu não terás meios de prover às tuas necessidades. Com essa postura, tu estás a enviar duas mensagens para o teu cérebro e para a tua vida:

- Tu não confias no amanhã
- Tu crês que o novo e o melhor NÃO são para ti, já que te alegras com guardar coisas velhas e inúteis.

Depois de ler isto, não o guardesPartilha-o com os outros.
Joseph Newton

[Mente Hiperativa]

15 outubro 2010

O desafio dos relacionamentos: Flexibilidade

Há uma metáfora que gosto muito, dos porcos-espinhos:
" Um grupo de porcos-espinhos, num dia frio de inverno, se aproximaram uns dos outros pra se esquentarem e assim não congelarem. Em um dado momento a proximidade entre eles era tamanha que estavam espetando uns aos outros, ferindo-se, por isso se afastaram de súbito. Rapidamente começaram a tremer de frio, pois junto com a proximidade perderam também o calor que ela proporcionava a eles. Se aproximaram então, novamente, em busca de alívio do frio. Depois se afastaram por conta da dor. Criou-se um ciclo no qual buscavam uma distância confortável entre a dor e a proximidade. "
É exatamente assim que ocorre com os relacionamentos - sejam eles da natureza que forem - é sempre uma busca eterna pelo equilibrio, um ajuste sem-fim, oscilação entre imposição e renúncia. Relacionamento é um desafio que exige muito jogo de cintura e sobretudo flexibilidade.



[Mente Hiperativa]

MULHER-OBJETO

Estou lendo o livro "Amigos ouvintes", uma compilação de comentários bastante pertinentes do Arnaldo Jabour na rádio CBN. Dentre os vários textos brilhantes encontrei um que achei legal comentar aqui.

A princípio ele comenta sobre a postura submissa que a mulher manteve por tanto tempo, quando era duramente reprimida pelos homens, sem qualquer direito ou opinião, e sua evolução até os dias de hoje, em que pode traçar seu próprio destino e definir suas próprias vontades. A melhor parte vem logo em seguida, uma interessante reflexão que preferi até transcrever literalmente do livro:
"No Brasil a maior conquista da mulher foi na área da liberdade sexual que, muitas vezes, é usada irresponsavelmente. Muitas brasileiras acham que ser livre é poder dançar na boca da garrafa, é namorar um homem por uma semana. Aqui, a sexualidade da mulher ficou livre muito mais por invenção dos anticoncepcionais do que pelas marchas e lutas. Isso é perigoso, pois quando se envolve corpo e sexo, muitas mulheres pensam que são donas do próprio corpo, mas acabam se tornando escravas do desejo dos homens. Pensam que são sujeitos, mas se tornam mulher-objeto, não passam da realização de fantasias masculinas."
Ele é genial. Reflitam!

[Mente Hiperativa]

14 outubro 2010

E quem podia lhe dizer que estava errada?

Quando tinha apenas 3 anos seu pai abandonou a casa, deixou esposa e filha. Renatinha foi então criada somente pela mãe, revoltada, que sempre fez questão de deixar bem claro, falava Aos Berros que seu pai havia abandonado as duas, que nunca mais ia voltar, que ele não prestava, era um mal-caráter. Aquela criança aprendeu a odiar o pai, tinha raiva dele e mais raiva ainda de si mesma quando seu inconsciente pedia para conhecê-lo.

O tempo passou, sua mãe teve vários maridos e namorados e cada vez que o namorado da vez partia - por não aguentar mais o temperamento e consumo excessivo de álcool por parte da mãe - Renatinha ouvia a mesma história de que ninguém nesse mundo merecia confiança, que ninguém amava ninguém, era tudo interesse.

E não pense que foram poucos namorados, sua mãe mal conhecia um cara e logo trazia pra morar na sua casa. Carência? Necessidade? Quem sabe?!?!?!?! O fato é que Renatinha teve diversos "pais", entre aspas mesmo, e cada vez que estava quase se acostumando com um deles, sua mãe tinha uma grande discussão e ele ia embora. Era sempre assim. E no fim das contas ela não teve pai algum, nenhuma referência.


Com o tempo ela desenvolveu um interessante mecanismo de defesa, aprendeu que não deveria se apegar aos namorados da mãe, simplesmente ignorava a presença deles na casa, na sua vida. Ela não fazia por mal, só não queria sofrer ainda mais, visto que sempre que se apegava eles sumiam depois e a deixavam ali sozinha, triste.

Renatinha cresceu, hoje é Renata, tornou-se uma pessoa super reservada, de poucos amigos que levaram muuuito tempo pra conquistar sua confiança. O resto, os colegas, ela trata de maneira bastante superficial. Nunca teve um namorado, dizia que não tinha tempo pra isso, de fato ela trabalhava demais, advogada de renome, praticamente uma workaholic; ela detestava ter tempo livre, pois isso lembrava o quanto era vazia sua vida pessoal.

Ela se escondia atrás do trabalho, negava a vida pessoal e sobretudo os relacionamentos. Ela sabia, tinha convicção de que se deixasse algum cara se aproximar demais ele a deixaria sozinha e despedaçada. Ela não queria mais sofrer.

E quem podia lhe dizer que estava errada?

[Mente Hiperativa]

Jano

" Jano era o porteiro do céu. Era ele que abria o ano, e o seu primeiro mês até hoje o relembra. Como divindade guardiã das portas, era geralmente representado com duas cabeças, pois toda porta se volta para os dois lados. "

Fragmento do livro "O livro de ouro da mitologia", por Thomas Bulfinch.

[Mente Hiperativa]

13 outubro 2010

Algo mudou

Será que eu mudei? Você que mudou?

Ou foi o mundo que mudou?

Será que o mundo ME mudou? Ou apenas MEU mundo mudou?

Percebo que algo mudou, não sei o que ainda, mas algo mudou, eu sei.

Será que tudo mudou e está tudo diferente? Permaneceu igual? Ou nada mudou?


[Mente Hiperativa]

Ilusões da vida

Quem passou pela vida em brancas nuvens
e em plácido repouso adormeceu;
quem não sentiu o frio da desgraça,
quem passou pela vida e não sofreu
foi espectro de homem, não foi homem,
só passou pela vida, não viveu.

por Francisco Otaviano

[Mente Hiperativa]

Tentativa de construção de um conto - Escorpião Vermelho (1ª Parte)


Estou aqui, você pode não me entender, me ver, me sentir, mas estou aqui, você tem que me ver. Sou insistente, te procuro em todos lugares, pelas ruas, praças, esquinas, sigo teus passos pela cidade.

Você finge não notar a minha existência, eu existo, sou de carne e sangue, mais sangue do que carne, me corto na tua frente na tentativa de existir, meu sangue jorra, espirra no teu rosto e você é só indiferença.

Em todas as bocas que beijo procuro você, Crio fantasias dentro de mim, invento mentiras, espalho boatos sobre nós. No meu mundo somos só você e eu, nele você me toca, beija minha nuca, alisa meu cabelo, toca meu sexo e me chama de meu amor.

Uma hora você vai ter que olhar para mim, nem que seja para me dar um soco ou me matar.

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Colei daqui:
http://dariurtz.blogspot.com/2010/10/tentativa-de-construcao-de-um-conto.html
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[Mente Hiperativa]

12 outubro 2010

Por que os homens são sempre os vilões???

Há algum tempo encontrei uma amiga que se lamentou por meu namoro ter acabado. Ela, que também conhece minha ex-namorada, disse a mim que ficou muito triste por 'não ter dado certo' nosso namoro.

Alguns dias depois nos encontramos novamente e ela, bastante revoltada, brigou comigo porque descobriu que Eu acabei o namoro. Na mesma hora eu perguntei a ela: "Então quer dizer que se fosse Ela que tivesse acabado não teria problema né?!" A garota ficou sem graça, sem ter o que dizer.

Por que nós homens somos sempre os vilões da história??? Se elas nos dão um pé na bunda então fica tudo bem, ela tá certa por causa do lance dos direitos iguais e da 'mulher moderna'. MAS se o cara acaba ele é um safado, que se aproveitou da mocinha ingênua, pobre vítima inocente.

Quem inventou isso? Não faz o menor sentido pra mim.

[Mente Hiperativa]

Crescimento

Penso que o mundo já não me cabe mais
Cresci, preciso me expandir
Minhas fronteiras agora são Marte e a Lua

Meus projetos alcançam quase o Sol
Seu brilho me ofusca o olhar
Mas não inibe em mim a vontade de crescer

Quero mais, não me acostumo com pouco
Meu caminho só está no começo
O auge ainda custará a chegar

Quando no fim eu estiver
Terei a sensação de dever cumprido
E muitos problemas ainda terão
Os que por ventura me seguirem

[Mente Hiperativa]

Fotos que falam por si: FOME

O que você sente/pensa ao ver essa imagem?

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[Mente Hiperativa]

11 outubro 2010

Minerva

" Minerva (Palas, na mitologia Grega), a deusa da sabedoria, era filha de Júpiter mas não tinha mãe. Saíra da cabeça do rei dos deuses completamente armada. "

Fragmento do livro "O livro de ouro da mitologia", por Thomas Bulfinch.

[Mente Hiperativa]

Você me ama?

- Você me ama?

- Sim, amo.

- Você me ama?


- Amo muito, Demais!


- Você me ama?


- Amo MAIS que tudo na vida!!!


- Você me ama?


- Sem você eu não vivo, você é minha vida.


- Então melhor a gente acabar aqui, sua possessividade me sufoca.

[Mente Hiperativa]

Pecado

Não quero pensar
no amanhã
pois não sei
se virá,
não quero pensar
no passado
pois nada posso
fazer,
quero viver
intensamente
cada minuto,
cada segundo
cada momento,
quero pecar contra
a castidade
estar pro que der
e vier,
e se não vier
nem der
pelo menos tentei.

Por Wanderley Elian

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Colei daqui:
http://wanderleyelian.blogspot.com/2009/11/pecado.html
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"e se não vier
nem der
pelo menos tentei"

Pelo menos VIVI!

[Mente Hiperativa]

10 outubro 2010

A vida como ela é


Não era um dia ensolarado e bonito. Era um dia normal, como qualquer um outro. Não havia pássaros cantando nem borboletas voando pelo bosque. Não havia bosque, estamos na cidade, sabe como é, concreto, vidros e muitas paredes.

Ele estava numa lanchonete do centro da cidade, suja e até um pouco repugnante, mas resolveu parar ali e tomar um café. De repente enxergou uma garota na outra mesa, sozinha. Ela não era tão bonita como uma modelo, usava óculos e seu cabelo estava amarrado, bem amarrado, provavelmente porque chamaria muita atenção se ficasse solto. Talvez não chamasse tanta atenção quanto às espinhas que ela tinha no rosto, mas tudo bem, ele também não estava dentro dos rígidos padrões de beleza, era gordinho, usava óculos e tinha um tique de mexer com a boca.

Continuou tomando seu café, que parecia ter sido feito no dia anterior. Tomava o café e contemplava a garota. O café não se tornou doce e saboroso por estar olhando pra ela, mas sim continuava com o mesmo sabor sem graça.

A garota começou a olhar pra ele, que gostou mas nem com isso sentiu borboletas no estômago ou ouviu sinos tocarem. Provavelmente porque não havia qualquer igreja por perto daquela lanchonete imunda. Seu coração também não acelerou, tinha uma saúde muito boa e nenhuma queixa cardiovascular. Na sua família não havia qualquer indício de problemas cardíacos.

Ela sorriu pra ele, que logo se encheu de coragem e se aproximou dela. Aquilo tinha sido um convite. Ele perguntou se podia sentar-se à mesa com ela, que prontamente o recebeu. Conversaram. Trocaram telefone. Em uma semana estavam namorando, e em dois meses se casaram.

Quando a conheceu não sentiu o chão sumir ou seus pés flutuarem, mas sentiu uma imensa simpatia por aquela garota, sentiu que ela era a garota perfeita pra ele, sem borboletas no estômago ou sinos tocando no pé do ouvido. Suas mãos suaram, é verdade, mas elas suavam quando estava na fila do banco, aguardando a vez no médico ou durante o jogo de futebol. Ele tinha hiperidrose.

É... parece que deram certo, estão casados há 25 anos, sem fantasias ou contos de fadas.

[Mente Hiperativa]

Urgência emocional


EXCELENTE reflexão de Martha Medeiros que reflete os valores da sociedade contemporânea no amor, conferindo-lhe um caráter de urgência desesperadora:
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo. Temos pressa para ouvir "EU TE AMO". Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: Somos namorados, ficantes, casados, amantes?
Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao AMOR: Paixão, Romance, Sexo, Adrenalina, Palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: "Paciência".

Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É preciso degustar cada pedacinho do Amor, no que ele tem de amargo e de saboroso, no que ele tem de duro e de macio. Os nervos do Amor, as gorduras do Amor, as proteínas do amor, as propriedades todas que ele tem. É uma refeição que pode durar uma vida.

Mas, não. Temos urgência. Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ela se renda logo após o primeiro beijo, e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar.

Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; Não há tempo a perder, dizem outros: A gente fica perdido no meio deste fogo cruzado, atingidos por informações várias, vivências diversas, parece que todos sabem mais do que nós, pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida, "Sermos Amados".

Podemos esperar por todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos. "Te adoro", dizemos sei lá pra quem... Para quem tiver ouvidos e souber responder. "Eu também", que a gente está mais a fim de acreditar do que de selecionar."Urgência Emocional", PRONTO-SOCORRO DO AMOR... Atiramos para todos os lados e somos baleados por qualquer um.

E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia: "PRESSA".

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Me assusto com essa urgência emocional. Quando conheço uma garota assim me dá vontade de sumir, fugir, correr; me sinto sufocado, espremido, asfixiado. Comigo não dá, não sei engolir o amor sem nem mastigar, como um crocodilo do Nilo ou um refugiado da miséria. Preciso degustar o amor, mastigá-lo bem, sentir seu aroma e sabor. Preciso de tempo. Não sei adiantar as coisas, prefiro largar o prato cheio a ter que engoli-lo de uma vez.

Afinal, pra que tanta pressa???

[Mente Hiperativa]

09 outubro 2010

De onde vem tanta paixão?

Outro dia um amigo, desconfiado, me indagou o seguinte:
"Por quem você vive tão apaixonado, hein? Leio no teu blog tantos textos apaixonantes mas não te vejo com ninguém. Além diso um dia tu escreve exaktando o amor, outro dia tu se revolta contra ele, não te entendo, como é isso? Me explica."
Antes de tentar explicar eu preciso dizer duas coisas importantes:

Primeiro que eu também não me entendo! Ok, pode tentar se quiser, fique à vontade, mas eu venho tentando há um bom tempo e não atingi minha meta ainda, sem querer desanimá-lo com isso. Sendo assim honestamente eu recomendo que você leia os textos, reflita e comente se quiser. Só isso. Mas se por acaso você for psicólogo, psicanalista, psiquiatra ou aspirante a uma dessas classes então vá em frente com a minha dissecação psicológica, só não garanto que vá encontrar apenas coisas bonitas ou úteis.

Em segundo lugar isso de 'um dia exaltar o amor e no outro dia condená-lo' é bem verdade, confesso, sou ciclotímico (vocês já devem ter percebido. Ou não?). Não sei se chego a ser bipolar, talvez não, sei lá, na verdade eu nunca procurei saber, nunca fui atrás de um diagnóstico, digo até que fujo dessa investigação médica. Prefiro conviver com o benefício da dúvida, aprendendo sozinho a lidar com esse temperamento, com essas oscilações de humor.

Pronto, agora posso falar de onde vem tanta paixão; amigo, sou apaixonado pela VIDA, me apaixono pelas pessoas diariamente, e é verdade também que muitas vezes desapaixono (ou me desencanto) por elas na mesma velocidade... Mas outras vezes consigo me manter apaixonado pra sempre.

Além disso quando escrevo sobre a paixão não necessariamente eu preciso estar vivendo ela, posso vestir-me de um personagem e viver uma história pensada, imaginada, ou alguma história que vi ou acompanhei de perto. Escrever é colocar-se no lugar de um personagem, compartilhando com ele seus sentimentos, sentindo-os um pouquinho. Pode ainda ser uma mistura de realidade e ficção, imaginação e experiência, própria ou alheia.

Deve ser isso o tal "Eu-lírico" que tanto falam.

[Mente Hiperativa]

Idiotas

Encheu a boca de bolacha e disse:
FA-RO-FA-FO-FA

Depois riu feito um idiota
feito um idiota

Sujou tudo com farelo de bolacha
Contou ainda a piada do canguru no bar
E riu feito um idiota

Eu fiquei sério
Aquilo não tinha a menor graça
.
.
.
Mas preciso confessar
Depois parei pra pensar:

Será que não são os idiotas os mais felizes?


[Mente Hiperativa]

08 outubro 2010

Na contramão

Ele nunca entendeu o comportamento dos seus amigos, trocou de grupo e de círculo de amizades várias vezes. Mas eles pareciam TODOS iguais.

Seus amigos gostavam de lugares cheios de gente, barulhentos, eles bebiam, às vezes até fumavam. E ele não entendia o porquê disso tudo. Seus amigos contabilizavam as mulheres que 'pegavam', faziam questão de contar. Por que?

Ele não via graça nesses rituais, não gostava de sair, dançar, era péssimo na paquera, e não conseguia agir como seus amigos. Bem que tentou, tentou ser normal, ser igual a eles. Bebeu, fumou, ficou com inúmeras meninas numa só festa, dançou no pé da caixa de som até seus tímpanos parecerem estourados.

No dia seguinte acordou-se, ainda um pouco ébrio, e se questionou qual a graça daquilo tudo que fizera. Por que as pessoas se divertem assim? Achou que ele próprio deveria ser muito estranho, pois tudo que sentia era dor de cabeça. Nenhum prazer.

Desde aquela experiência ele sumiu, se isolou, como antes, continuou a ser encarado como estranho. Nunca conseguiu entender a juventude, nunca descobriu qual a graça e a diversão disso tudo. Aceitou que era mesmo estranho, talvez tivesse batido a cabeça muito cedo, caira do berço, ou então pertencia a outro planeta de uma galáxia distante. Talvez.

[Mente Hiperativa]

Blogo, logo existo.

Blogo, logo existo.
"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana