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18 janeiro 2010

Uma prova de amor

O que se pode fazer quando a filha de 5 anos de idade é diagnosticada com um raro tipo de leucemia?

O que fazer para provar seu amor por ela?

Seria uma prova de amor largar o trabalho e renunciar a própria vida somente para dar atenção exclusiva à filha?

Seria uma prova de amor gerar outra criança histocompatível que possa fornecer células sanguíneas e até órgãos como medula e rim?

Seria uma prova de amor comprometer compulsoriamente a qualidade de vida de um filho para manter o outro vivo?

Seria uma prova de amor aceitar que o fim certo é a morte, garantindo assim que os últimos dias da filha sejam os mais felizes possíveis?

O que seria uma verdadeira prova de amor?

Eu penso que prova de amor seja querer ver a outra pessoa feliz, e pra esse fim a gente faz o que for preciso, paga o preço que for.


[Mente Hiperativa]

2 comentários:

Hugo Otávio disse...

Quantas perguntas difíceis, hein?
Lembrou-me a questão bioética mas...
Acima de tudo é preciso repensar os valores humanos, sentimentos... o ser humano como um todo!

Hugo Otávio disse...

Carlos rapaz! Acabei de assistir esse filme com minha namorada (data: 07/02/2010 - domingo). Não suportei segurar algumas lágrimas! Pense num filme pra nos fazer pensar no quanto o amor, por mais que sublime possa ser, tem a capacidade de sufocar o ser humano até o ponto de não conseguir mais ouvi-lo! Fiquei estarrecido com o filme! Tanto pela postura do médico, como da própria mãe! Realmente seria isso uma prova de amor? Amar além de ouvir o que o outro tem a nos dizer? Um amor surdo, mesmo com ambos os ouvidos em funcionamento! Talvez a incitação do médico para com a utilização de um outro filho histocompatível tenha influenciado o desespero da mãe em salvar a garotinha da leucemia. Mas, até que ponto podemos nos "apropriar" de um ser humano? Gostei muito da atitude da garota Ana em lutar pelo seu "próprio corpo" quando este servia como instrumento de "reboque". Porém, como lidar com o desespero de uma mãe? São questões difíceis que se apresentam, contudo uma coisa é certa: a morte é inevitável! Às vezes me questiono acerca de como terei forças para lidar com ela, pois sempre relutei contra a "frieza médica". Mesmo assim, penso que essa frieza poderia ser um escape do não envolvimento profundo com a vida do paciente a tal ponto de evitar posteriores angústias, você me entende? Vou parar por aqui... Obrigado pelo filme!
Apesar do triste fim, esse representa uma dura realidade pela qual um dia iremos enfrentar!
Abraço!

Blogo, logo existo.

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana