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09 outubro 2010

De onde vem tanta paixão?

Outro dia um amigo, desconfiado, me indagou o seguinte:
"Por quem você vive tão apaixonado, hein? Leio no teu blog tantos textos apaixonantes mas não te vejo com ninguém. Além diso um dia tu escreve exaktando o amor, outro dia tu se revolta contra ele, não te entendo, como é isso? Me explica."
Antes de tentar explicar eu preciso dizer duas coisas importantes:

Primeiro que eu também não me entendo! Ok, pode tentar se quiser, fique à vontade, mas eu venho tentando há um bom tempo e não atingi minha meta ainda, sem querer desanimá-lo com isso. Sendo assim honestamente eu recomendo que você leia os textos, reflita e comente se quiser. Só isso. Mas se por acaso você for psicólogo, psicanalista, psiquiatra ou aspirante a uma dessas classes então vá em frente com a minha dissecação psicológica, só não garanto que vá encontrar apenas coisas bonitas ou úteis.

Em segundo lugar isso de 'um dia exaltar o amor e no outro dia condená-lo' é bem verdade, confesso, sou ciclotímico (vocês já devem ter percebido. Ou não?). Não sei se chego a ser bipolar, talvez não, sei lá, na verdade eu nunca procurei saber, nunca fui atrás de um diagnóstico, digo até que fujo dessa investigação médica. Prefiro conviver com o benefício da dúvida, aprendendo sozinho a lidar com esse temperamento, com essas oscilações de humor.

Pronto, agora posso falar de onde vem tanta paixão; amigo, sou apaixonado pela VIDA, me apaixono pelas pessoas diariamente, e é verdade também que muitas vezes desapaixono (ou me desencanto) por elas na mesma velocidade... Mas outras vezes consigo me manter apaixonado pra sempre.

Além disso quando escrevo sobre a paixão não necessariamente eu preciso estar vivendo ela, posso vestir-me de um personagem e viver uma história pensada, imaginada, ou alguma história que vi ou acompanhei de perto. Escrever é colocar-se no lugar de um personagem, compartilhando com ele seus sentimentos, sentindo-os um pouquinho. Pode ainda ser uma mistura de realidade e ficção, imaginação e experiência, própria ou alheia.

Deve ser isso o tal "Eu-lírico" que tanto falam.

[Mente Hiperativa]

6 comentários:

Déia disse...

A paixão transcende qquer explicação!!

bjkas apaixonadas

Franck disse...

Me identifico com seu post, me identifico com vc, pq tbém sou assim: dias amo e exalto o tal do amor, dias odeio e acho o amor a pior invenção...
Um bom fim de semana!

Hugo Otávio disse...

Admiro sua capacidade de se (des)apaixonar pela vida. Somos assim, insconstantes porém não aos extremos. É assim a vida.

Dario Dariurtz disse...

Somos assim, nós apaixonamos e desapaixonamos, somos únicos, mas somos vários dentro de nós mesmos. Ningué m tem uma só postura diante de tudo, somos mutáveis.

Bom te ler hoje! Abraço, bom final de semana!

Ana SSK disse...

Adorei. Super me identifico!

Flor de Lótus disse...

Oi,meu caro!Achei que fosse só comigo que essas coisas acontecessem das pessoas quererem ficar te analisando, tentando resolver nosso problemas, nossos conflitos...
Paixão pela vida, por tudo é fundamental torna a vida mais leve e mais alegre.Só por sermos humanos somos contradição por nossa natureza...
Um ótimo domingo!
Beijosss

Blogo, logo existo.

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana