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14 abril 2010

A (conturbada e intensa) vida afetiva de um portador de TDAH

Ainda falando sobre TDAH -Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade- e sobre o livro mentes inquietas de Ana Beatriz Silva, li um capítulo muito interessante que fala sobre a vida afetiva de uma pessoa portadora de distúrbio de déficit de atenção (DDA), assim como a de seu cônjuge.

Não é difícil supor como é atribulada a vida afetiva de alguém que se encontra sob constante agitação física e mental, que precisa de estímulos a cada instante para manter-se interessado em alguma coisa. TDAs têm baixo limiar de tolerância ao tédio, são volúveis e imprevisíveis; numa momento estão a mil por hora, noutro parecem esquecidos e desinteressados...

Então imagine um DDA com predomínio de défifit de atenção namorando com um DDA hiperativo, imaginou? Será que tem chance de dar certo?

Vou colocar alguns trechos do capítulo DDA e vida afetiva:

"amar uma pessoa com comportamento DDA pode exigir maestria e grande habilidade na arte de amar, uma vez que as relações amorosas, nestes casos, costumam ter a mesma intensidade dos loopings das montanhas-russas americanas. A imagem figurativa é exatamente esta, pois tudo pode acontecer nessas relações num espaço de tempo tão curto que os amantes podem chegar ao ponto de duvidar da realidade dos fatos. Amar um DDA pode significar ter sua vida virada de ponta-cabeça em poucos minutos."

"Um DDA com hiperatividade física e impulsividade assemelha-se a um grande ”tornado” apaixonado. É capaz de conhecer alguém, apaixonar-se perdidamente, casar, brigar, odiar, separar, divorciar e tornar a casar-se; tudo em menos de um mês. Exagero? É, talvez estas pessoas sejam os ”últimos românticos do litoral atlântico” (Lulu Santos) ou ainda os exagerados que se jogam a seus pés com mil rosas roubadas (à la Cazuza). Eles tendem a sentir todas as emoções de modo muito mais intenso do que a maioria sequer pode imaginar."

"Na realidade, os problemas no relacionamento afetivo de pessoas com DDA começam a aparecer e causar grandes desconfortos após a fase da paixão. É muito fácil apaixonar-se por um DDA, o grande desafio é ultrapassar a explosão inicial e estabelecer uma relação afetiva duradoura de crescimento e respeito mútuo."

"A maior parte dos indivíduos com DDA tem fascínio em buscar novos e fortes estímulos. É como se suas
vivências cotidianas tivessem que acompanhar o ritmo acelerado e inquieto de seu cérebro."

"De um modo geral, pessoas com funcionamento DDA têm dificuldades de se expressar. Isso ocorre, em
parte, pela velocidade com que seu cérebro processa os pensamentos, em função da sua hiperreatividade [...] A grande dificuldade do adulto com DDA nos seus relacionamentos afetivos é conseguir falar de maneira organizada aquilo que sente para seu parceiro."

"Outro aspecto que torna a comunicação afetiva tão difícil é a baixa auto-estima que quase sempre acaba
traindo-o, impedindo que fale o que sente de verdade, sob pena de sentir-se rejeitado e não amado. Talvez seja esse o seu maior temor afetivo."

No final do capítulo a autora dá dicas para os DDAs e seus cônjuges, mas antes que as pessoas pensem 'Deus me livre me apaixonar por um DDA' ela alerta, é difícil resistir ao charme deles (palavras dela). De fato eles têm alguns pontos que os tornam especiais, são carismáticos, conquistadores, espontâneos e irreverentes, como já foi dito é fácil se apaixonar, difícil é manter a relação...

Mas no final das contas eles só querem ser amados, com todos seus defeitos e qualidades, como qualquer outra pessoa não-DDA.
Pra baixar o livro em PDF:

http://pcangelo.files.wordpress.com/2008/04/mentesinquietas.pdf
[Mente Hiperativa]

Um comentário:

Hugo Otávio disse...

Compartilhando hein?
hehehe...
E tu tens algum déficit? :P
Deve ser de killer ahuuauhauha

Blogo, logo existo.

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana