chamar a mãe d'água pra me contar algumas histórias na beira do rio
pois aqui não sou feliz, e lá eu sou amigo do Rei
Quero cair na toca do coelho e mergulhar em outro mundo
conhecer criaturas fantásticas somente enontradas no País das maravilhas
preciso aprender a confundir os sonhos com a realidade tal qual Alice
Quero embarcar numa longa viagem, encarar um Poseidon irado
me deparar com ciclopes, lestrogónios e outros monstros
chegar em Ítaca é o meu destino, mas espero que demore anos
Quero ser o peter pan, deus grego das florestas
morar na Terra do nunca e não ter que me tornar adulto
não quero sentir o peso da responsabilidade de viver
Quero me perder ao entrar no meu próprio Infinito particular
nos meus mistérios e segredos, no melhor e no pior de mim
já não tenho tanta certeza de que sou daqui e não de Marte
Quero as prendas de Itabira; as noites brancas sem mulheres e sem horizontes
também o ouro, o gado e as fazendas, o ferro Itabirense
não quero ser apenas uma fotografia na sua parede
Quero algum lugar qualquer que me contenha
Quero ser recebido de braços abertos
Quero o colo, o abraço e o amparo
Quero sair daqui, sumir desse lugar
Quero esquecer, mas quero também lembrar
Quero fugir pra um lugar bem longe, distante
Quero pensar no que não pode ser, e achar que assim pode
Quero tudo que não pode, tudo que ninguém ousou querer
Quero somente isso. E já estou de malas prontas pra partir.
[Mente Hiperativa]
4 comentários:
eu já falei do quanto gosto de como escreves? =)
Já. Mas é sempre bom ouvir né... Rsrsrsrs
(Carência, vaidade ou o quê?)
Tente encontrar-se. Talvez o caminho esteja bem dentro de você...
O problema é que a gente esquece que se leva junto, rs
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