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20 novembro 2010

Entre o oito e o oitenta


Ou é oito ou é oitenta, ou é alto ou é baixo, ou é escuro ou é claro, ou é bonito ou é feio. Assim que aprendemos desde a infância, na escola conhecemos o áspero e o liso, o frio e o quente, o duro e o mole, e carregamos pra o resto da vida esse "estigma da dualidade".

Crescemos pensando que podemos classificar as coisas e as pessoas, aliás, crescemos já classificando-as, como se separássemos miçangas coloridas, colocando-as em caixinhas.
"Se for azul clara boto nessa; se for azul escura, naquela."
"Se for pequena fica aqui, as grandes lá."
E quantos tons de azul existe entre o azul claro e o escuro? E aquele azul meio esverdeado, é azul ou é verde? E onde ficam as miçangas médias? Ficou mais difícil né...


A mesma coisa acontece ao classificar as pessoas, e até mesmo as coisas, ninguém se encaixa perfeitamente num protótipo, se você for separar as pessoas em caixinhas nunca haverá duas na mesma caixa, na mesma classificação. Cada um é cada um, e protótipos são protótipos, eles não existem sob a forma humana, somente nos papéis e nos projetos de experimentos científicos.

Na infância aprendemos que tudo é polarizado em dois extremos, mas na verdade o mundo não é assim, já foi, no tempo da guerra fria... Ali sim era polarizado. O mundo é mais do que dois extremos de uma classificação, nem tudo é exato, cartesiano, nem tudo é passível de uma classificação.

Sendo assim, entre o gordo e o magro existe uma enorme gradação, e diversas pessoas estão nesse meio, mais para um lado ou mais para o outro, mas não precisam estar numa das pontas. Entre um extremo e outro há um espectro, espectro esse bastante rico de possibilidades que não permite que sejamos classificados como loucos ou normais, inteligentes ou burros, feios ou bonitos; estamos sempre em algum lugar nesse imenso espectro, entre o oito e o oitenta.


[Mente Hiperativa]

2 comentários:

Franck disse...

Acho bom cada um ser único, mas o que dizer das duplas personalidades? E qdo encontramos aquele(a) que achamos que é nossa metade por razões óbvias e pelos mesmos gostares?
Abçs! Um fim de semana de paz!
PS: Aparece no msn...

Mente Hiperativa disse...

Dupla, ou multipla, personalidade já é uma patologia, que causa sofrimento à pessoa e merece ser tratada.

Quanto a encontrar a nossa metade... Eu sou um pouco cético com relação a isso, acho que nascemos inteiros, encontramos alguem que nos complementa, mas nao é que ela seja UMA PARTE de nós, ela pode até vir a ser uma parte de nossa vida, provavelmente será. Eu penso isso.

Blogo, logo existo.

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana