Brincando de Deus

Duas crianças brincavam no jardim quando encontram uma borboleta com a asa um pouco defeituosa.

-Ela não consegue voar direito.
-Tem dificuldade até pra andar, coitadinha dela.
-Melhor a gente sacrificar ela, assim ela não precisa sofrer a vida toda.

E então eles matam a borboleta inocente.

Se não tivesse sido precocemente morta a pobre borboleta poderia ter se esforçado para manter-se viva, mesmo que limitadamente, por muito tempo mesmo possuindo um pequeno defeito na asa. Afinal quem não tem defeitos e limitações?

Agora imagine que ao invés de uma borboleta fosse um feto com algum tipo de anomalia/deficiência, e ao invés de duas crianças fosse um médico e algum dos genitores desse bebê.

Será que alguém tem o direito de tirar a vida de alguém inocente, de forma compulsória e cruel, e ainda por cima achar que está fazendo o bem a ele?

Tem gente que ainda pensa assim, infelizmente.

[Mente Hiperativa]