De onde eu venho todos os fins de semana tem festa, todo mundo se junta sem motivo algum pra comemorar, comemoramos qualquer coisa, comemoramos tudo, comemoramos por nada. As pessoas simplesmente se encontram e fazem a festa.
De onde eu venho as crianças passam o dia explorando o quintal, caçam lagartixas com cabo de vassoura velho e atiram seriguelas nos passarinhos desavisados, eles escalam o muro pra pegar frutas na árvore, xeretam a casa da vizinha, pregam peças e brincam de bola.
De onde eu venho o dia parece não ter fim, e o universo parece que cabe todo ali. Parece mais que tudo está ao nosso alcance, basta estender o braço e pegar o que quiser, fazer o que quiser.
De onde eu venho é normal se escrever carta pra o papai Noel, procurar o ovo de chocolate escondido pelo coelhinho da páscoa, ter medo do papa figo e do bicho papão. E ninguém deixa de acreditar nessas coisas, é uma fantasia persiste, nunca morre, pois sabemos o quanto foi bom e importante ter acreditado em tudo isso.
De onde eu venho se ouve música bem alta, animada, que não deixa ninguém parado, triste ou cabisbaixo. Ninguém consegue ser triste ouvindo música. Por isso lá a música é uma constante.
De onde eu venho no carnaval é tempo de alegria, no são João e réveillon também. E ainda na semana santa, páscoa... O ano todo, enfim
De onde eu venho a gente nunca fica solitário, sempre temos companhia, a casa está sempre cheia de visitas, distribui-se abraços e carinho, beijos e elogios.
De onde eu venho a mesa é sempre farta e variada, cheia de comidas gostosas que a vovó jamais deixa faltar. Ela faz questão de ter sempre tudo o que ‘os seus’ gostam. Ninguém consegue sair de lá sem ter comido muito.
De onde eu venho a Felicidade não é visita, mas sim uma próspera inquilina.
[Mente Hiperativa]
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