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15 junho 2010

Primeiro jogo

Eu sempre soube que eu não era igual a todo mundo, na verdade comecei a ter certeza na adolescência, quando todos os garotos se interessavam por futebol, video game, harry potter e álbum de figurinhas. Eu nunca segui qualquer 'coqueluche' -como diria minha mãe-, sempre achei isso tudo uma bobagem, sempre me preocupei com coisas mais sérias e com questionamentos que talvez nem fossem necessários no momento. Minha cabeça sempre estava cheia de pensamentos.

Enfim, o que isso tem a ver com o assunto o texto né? Hoje foi o primeiro jogo do Brasil na copa, não é nenhuma novidade pra ninguém. Eu, como bom Brasileiro, amo minha nação, meu povo, gosto de viver aqui e nem sonho em me mudar em definitivo pra outro país. Mas no entanto eu saí de casa minutos antes do jogo iniciar pois tive que resolver algumas pendências; não consigo ficar como a maioria esmagadora das pessoas, vidradadas na frente da TV assistindo ao jogo, como se nada mais no mundo fosse importante.

Quando eu tava andando pela rua, e o jogo já havia começado, as pessoas estavam todas loucas, parecia uma super produção hollywoodiana sobre o fim do mundo. Trânsito, buzinas, carros na contramão, acelerados, imprevisíveis, pessoas gritando, correndo... E eu me pergunto, por que tudo isso?

Acho mesmo que eu sou estranho, pois eu parecia o único despreocupado co m o tal jogo, enquanto todos prestavam atenção à teve, ao rádio ou ao celular de última geração. Resolvi o que tinha pra resolver e voltei pra casa. Depois de tomar um bom banho frio, tentei fazer alguma coisa, juro que tentei. Queria assistir algum programa que não fosse o jogo, mas não tinha, até nas rádios estava passando o jogo do Brasil. Pra que ver esse jogo, tava na cara que o Brasil ia ganhar. Coréia do norte não entende nada de futebol, só de devorar cachorro, além do mais é o primeiro jogo, claro que O Brasil ia ganhar, óbvio. Até mãe Diná já sabia dessa.

Tentei ler uma revista, me concentrar em qualquer coisa, mas as vuvuzelas não deixaram. Malditas vuvuzelas, a vontade que eu tenho é de enfiá-las no... na Boca dos seus respectivos proprietários, garganta abaixo. Depois de tanta luta enfim eu sucumbi à pressão, à conspiração do universo e me entreguei ao jogo. Liguei para os amigos e fui pra um barzinho encontrá-los e ver o jogo.

Fiquei com aquela vontade de fazer aquilo com as vuvuzelas do povo, mas me controlei, fingi que tava no clima, fingi que era normal e que tava tão empolgado quanto eles. (Foi um momento Dexter Morgan...)

[Mente Hiperativa]

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"... E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado..."

Mário Quintana